A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), anunciou nesta quarta-feira (26) que vai manter no próximo decreto de combate à Covid-19 as mesmas medidas sanitárias que constam no atual decreto, que vale até esta quinta-feira (27).
Com isso, está
mantido o toque de recolher noturno, das 22h às 5h, e
segue autorizada a venda de bebidas alcóolicas em bares e restaurantes. Também
seguem liberados os esportes coletivos, o funcionamento de parques públicos e
as atividades escolares de forma híbrida.
As medidas do novo decreto só não
serão válidas para as regiões do Alto Oeste, Central e do Vale do Açu, que contam com decretos
regionalizados, com fechamento das atividades não essenciais, toque de recolher
mais amplo e proibição de venda e consumo de bebidas alcóolicas em locais
públicos.
As medidas foram aplicadas nas
regiões a pedido dos prefeitos, por conta do aumento da gravidade da pandemia
nesses locais, com crescimento no número de casos, internações e óbitos pela
Covid-19. Diferente da decisão para essas regiões, o decreto estadual vai
manter as atuais flexibilizações.
"Decidimos pela prorrogação das
medidas sanitárias estabelecidas no atual Decreto até o 9 de junho para todos
os municípios, exceto para aqueles alcançados pelos decretos regionais do
Estado ou por decretos municipais que tenham medidas mais restritivas",
disse a governadora Fátima Bezerra no Twitter.
Momento atual
O Rio Grande do Norte tem atualmente
97,7% de ocupação dos leitos públicos de UTI para Covid-19. Na Grande Natal,
essa taxa é de 97,6%. Nesta quarta, o Regula RN apontou até 96 pessoas no
aguardo por um leito de UTI no estado para apenas nove disponíveis.
Em Natal, os hospitais particulares já apontam uma taxa de ocupação dos leitos de
UTI acima de 80%.
De acordo com o secretário de Saúde
do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, o estado vive uma situação de quase colapso. Ele reforçou
ainda que não há mais como abrir novos leitos para o combate à doença, seja por
falta de insumos, profissionais ou estrutura: atualmente são 415.
"Nós estamos já no limite hoje.
Porque se nós temos quase cem pacientes em filas de espera, não precisa esperar
junho, a gente já está em uma situação de saturação, de quase colapso. Isso
exige medidas desde já, como a gente vem alertando e recomendando já há algumas
semanas", afirmou em entrevista à Inter TV Cabugi na segunda-feira (24).
"Não temos
possibilidade de abertura de novos leitos porque isso envolve equipamentos,
insumos médicos, pessoal. Nós estamos no limite. A
alternativa que nós temos é evitar a procura de leitos fazendo restrição de
circulação, usando medidas de proteção, intensificando as ações de vigilância e
controle de isolamento dos sintomáticos para que a doença diminua o seu
contágio", reforçou o secretário.
Mais mortes em 2021 do que em 2020
O Rio Grande do Norte
já soma em cinco meses de 2021 mais
mortes por Covid-19 do que em todo o ano de 2020. Março e abril foram
os meses mais letais da pandemia no estado e maio já é o quinto com mais
óbitos.
Na terça-feira (25), o estado ultrapassou a
marca de 6 mil mortes pela doença desde o início da pandemia.
O mês de maio também já é o com mais casos
confirmados da doença.
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