Há quem diga que uma das formas de superar uma pandemia é atingir a “imunidade de rebanho”. A tese, contestada pela Ciência, diz que deixar a população se infectar livremente pode garantir a imunização do conjunto da sociedade. De acordo com o professor e médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, fundador e ex-presidente da Anvisa, a quantidade necessária de mortes para a imunidade coletiva no Brasil seria muito maior que os 411 mil óbitos que o Brasil já atingiu.
Para o médico, no momento atual da pandemia, é preciso investir no combo vacina, máscara e distanciamento social. Nem quando a imunização dos grupos prioritários e dos adultos estiver concluída, o país estará livre da doença.
“Terminar a vacinação não é o mesmo que terminar a pandemia”, pontua. “Primeiro, tem de vacinar a população com menos de 18 anos – que são 50 a 60 milhões de pessoas. E tem também a questão das variantes: se começarem a surgir variantes muito diferentes, podemos ter uma ‘enésima’ onda.
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