Em uma semana de trabalho, a CPI da Covid já recebeu pedidos de convocação de dez ministros do governo de Jair Bolsonaro. Apenas um foi aprovado até o momento: o do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Além de Queiroga, estão na mira da CPI Paulo Guedes (Economia), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), Walter Braga Netto (Defesa), Carlos Alberto França (Relações Exteriores), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Anderson Torres (Justiça) e Damares Alves (Ministra da Família). Isso representa 40% do primeiro escalão do governo.
Sete destes ministros podem ser convocados para explicar as ações do governo federal e processo de aquisição de vacinas durante a pandemia. Paulo Guedes, por exemplo, foi alvo de um pedido de convocação para dar detalhes sobre o auxílio emergencial; Carlos França deverá falar sobre os atritos entre o Brasil e a China, que dificultaram a obtenção do Ingrediente Farmacêutico Ativo para produzir a Coronavac e Damares Alves deve depor para esclarecer quais foram as políticas contra Covid para as comunidades indígenas.
Dois ministros podem ser convocados para explicar tentativas de interferência do Planalto na CPI: Flávia Arruda e Anderson Torres.
Como mostramos na semana passada, pelo menos oito pedidos apresentados pelos senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Ciro Nogueira (PP-PI) têm as digitais da Secretaria de Governo, pasta de Flávia Arruda. Além de idênticos, os textos foram registrados em nome de uma assessora da pasta, Thaís Amaral Moura.

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