No dia seguinte à demissão de Eduardo
Pazuello do Ministério da Saúde, o gabinete presidencial
foi palco de uma acalorada discussão entre ele e o ministro Luiz
Eduardo Ramos — tudo devidamente testemunhado por Jair
Bolsonaro.
A reunião
havia sido tensa por causa das menções à corrupção feitas no discurso de
despedida de Pazuello do ministério. Mas foi na saída da sala que o tempo
esquentou. "Ramos", disse o ex-ministro tentando reiniciar a
conversa. "Ramos, não. General Ramos. Você é general de divisão, eu sou de
Exército e não vou falar com você".
O papo
acabou por aí. Ou, para usar a célebre frase de Pazuello, dita meses atrás para
descartar a chance de ele discordar de Bolsonaro: "É simples assim: um
manda e o outro obedece".
Aliás,
quase um mês depois de ser demitido, Pazuello continua sem função definida. Na
semana passada, esteve no Palácio do Planalto. Mas permanece perambulando como
um morto-vivo.

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