A pandemia do coronavírus gerou uma crise sem precedentes no principal setor da economia potiguar: o turismo. O cenário é de terra arrasada e, segundo Abdon Gosson, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH/RN, a previsão para o mês de abril é desalentador. “Muitos hotéis devem fechar nos próximos dias e, provavelmente, não abrirão mais”, alerta o executivo.
A ocupação dos hotéis do Rio Grande do Norte não deve chegar a 10% em abril, mês que já começa com a Semana Santa. “A Semana Santa está perdida, não existe esse feriado da Semana Santa”, afirma Abdon. “A taxa de ocupação não vai passar de 10%. E alguns hotéis não terão nenhum hóspede”, projeta.
Para manter as suas atividades e cobrir os custos mensais, como impostos e folha de pagamento, por exemplo, um hotel precisa de uma taxa de ocupação de 40%, em média, segundo informou o presidente da ABIH/RN. E com uma taxa de ocupação variando entre 3% e 10%, muito provavelmente haverá demissões em massa e muitos devem fechar as portas para sempre.
“É muito preocupante. A hotelaria vem sofrendo desde o começo da pandemia. O turismo tem sido fortemente afetado por essa Pandemia, que tem deixado milhares de desempregados no estado”, lamenta Abdon. “E quando estávamos tentando retomar as atividades, de julho pra cá, veio um novo tombo, fazendo com que o setor que emprega mais de 120 mil trabalhadores formais e mais de 300 mil informais entrasse num momento de completo e total desespero. Essa é a realidade”, desabafa.
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