A situação da pandemia piorou em
99 das 167 cidades do Rio Grande do Norte nos últimos 11 dias.
É o que aponta o indicador composto da Secretaria de Estado da Saúde Pública
(Sesap) em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Isso significa que houve um
agravamento da situação em 59,3% dos municípios do estado neste período.
O indicador composto
reúne dados como casos confirmados, ocupação de leitos e óbitos e dá uma
pontuação entre 1 e 5 para cada cidade. O estudo permite o mapeamento da
evolução semanal de casos por município e assim ter um monitoramento da
pandemia em todo o estado. Os dados foram colhidos entre os dias 12 e 23 de
março.
Segundo o indicador
composto, outras 52
cidades (31,1%) tiveram a situação se mantendo como estável,
o que também representa uma situação de alerta, de acordo com os especialistas. Em outros
16 municípios (9,6%), os indicadores evoluíram positivamente.
Como comparativo, o
levantamento anterior apresentava 59 cidades com uma piora no indicador, 81
estavam em estabilidade e 27 passavam por uma melhora.
Em termos
populacionais, o indicador
composto aponta que 86,9% dos moradores do Rio Grande do Norte -
aproximadamente 3,07 milhões de pessoas - vivem em municípios que estão na
faixa amarela ou vermelha, que representam situação de
alerta.
Segundo o estudo, nenhum
município da Região Metropolitana de Natal, área com maior concentração
populacional no estado, apresentou melhora no quadro
desde a divulgação do último balanço de monitoramento, em 12 de março.
Situações semelhantes
apresentam-se em regiões como o Vale do Açu, onde nenhuma cidade evoluiu
positivamente, e do Seridó, com apenas uma localidade em quadro de melhora
dentre as 25 monitoradas.
Na análise das 8
regiões de saúde, o quadro também segue de alerta. Apenas no Alto Oeste, que
tem como referência a cidade de Pau dos Ferros há 47% da população está em
"sinal verde" (pontuação 1 e 2 do indicador composto).
Nas demais, a situação
é mais complicada. Na Região
Metropolitana, 100% da população está em "sinal amarelo" (pontuação 3
e 4), seguida do Vale do Açu (95,2%), Seridó (91,7%),
Agreste (83,7%), Oeste (79,8%), Mato Grande (74,3%) e Trairi/Potengi (72,6%).
A pontuação do
indicador composto ainda aponta que todas as oito regiões de saúde estão com
uma variação acima da média para o percentual diário de casos, com destaque
para o Agreste em "sinal vermelho" (pontuação 5). A internação em
leitos críticos está em vermelho na Região Metropolitana e no Vale do Açu. Além
disso, a taxa de casos ativos está com alerta máximo em quatro áreas e
pontuação 4 nas demais.
Os especialistas reforçam que, com esse cenário, se mantém a necessidade da aplicação de medidas de distanciamento social. Eles pedem que a população cumpra o recente decreto emitido pelo governo do RN e pela prefeitura de Natal, que vale até o início de abril.
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