O trabalho de Jair Bolsonaro como presidente é
rejeitado por 48% dos brasileiros. A proporção dos que consideram o desempenho
do mandatário “ruim/péssimo” não ficava tão alta desde junho de 2020, quando
alcançou os mesmos 48%.
A taxa está 7 pontos percentuais
maior do que a de 15 dias, quando a desaprovação era de 41%. O grupo que o
avalia como “regular” também caiu: eram
22%; agora são 18%. É o que mostra pesquisa PoderData realizada de 15
a 17 de fevereiro de 2021.
A taxa dos que consideram o
trabalho de Bolsonaro “ótimo/bom” variou dentro da margem de erro da
pesquisa: de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Ficou em 31%.
Apesar do aumento da rejeição, desde o início da pandemia, mesmo
nos seus piores momentos, como agora, nunca Bolsonaro deixou de ter o apoio de
aproximadamente ⅓ do eleitorado.
No levantamento desta semana, pelo menos 2 fatores podem ter
impulsionado a queda da popularidade do trabalho pessoal do presidente:
auxílio emergencial: o efeito do término definitivo
do pagamento (agora sentido por todos que recebiam) e as indefinições a
respeito da prorrogação. Até o fim de janeiro, Bolsonaro insistia na
interrupção. Agora, já fala que o benefício voltará em março. Saiba o
que estuda o governo;
vacinação contra covid-19: a pesquisa coincidiu com
o período no qual diversas cidades anunciaram a suspensão da
imunização por falta de doses.
Não por acaso, a rejeição
ultrapassa os 50% em todas as faixas de renda acima de 2 salários mínimos. Nas
demais, a reprovação também está acima dos que consideram o trabalho de
Bolsonaro “ótimo/bom”. O desempenho entre os mais pobres piorou
frente à última pesquisa.
A pesquisa foi realizada
pelo PoderData, divisão de estudos
estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita
em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Foram 2.500 entrevistas em 457 municípios, nas 27 unidades da
Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a
metodologia lendo este texto.
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