Cinco amigos — sendo quatro cearenses e um gaúcho — desapareceram em uma lancha no mar do Rio de Janeiro, quando navegavam de volta à Fortaleza. O grupo viajou ao Rio, no último dia 23 de janeiro, para que um deles, o empresário Ricardo José Kirts, realizasse a compra da embarcação. Eles estão desaparecidos desde o último sábado (30).
O grupo é formado por
Ricardo, o também empresário Domingos Sávio, um mecânico, um pescador e o
comandante da embarcação, que não tiveram os nomes completos divulgados.
A Marinha do Brasil
informou, por meio do Comando do 1° Distrito Naval (Com1ºDN), que tomou
conhecimento, na manhã deste domingo (31), do
desaparecimento da Embarcação de Esporte e Recreio “O Maestro”, supostamente na
altura de São João da Barra (RJ).
A mulher de um dos
navegantes, Vitória Magalhães, revelou que eles tentaram começar a viagem de
volta no dia 26, mas a embarcação apresentou problemas técnicos no motor e nas
bombas, então, eles tiveram de parar para consertar. No dia 28, eles
prosseguiram a viagem, com direção à Vitória (ES), para reabastecer a lancha.
O grupo saiu do Bairro
Urca, no Rio de Janeiro, após fazer os reparos necessários na embarcação. Ela
revelou também que, no último contato — às 23h23 da sexta-feira (29) — o marido
mandou a localização de onde estavam, Farol de São Thomé (RJ).
"Quando eu falei
com ele, em nenhum momento ele me pediu ajuda, socorro. Ele disse que as coisas
estavam ruins, mas estavam continuando viagem para Vitória. Então, eu deixei
passar. Quando foi no sábado, que eu não consegui entrar em contato com ele — e
nem no domingo — foi que eu entrei em contato com a Marinha", relembra
Vitória.
De acordo com Vitória,
na última vez em que se falaram, o marido disse que as condições do mar estavam
ruins, com a maré alta e muito vento; e que as roupas deles e a comida estavam
molhadas, e que eles iam em direção à capital do Espírito Santo.
Ela falou que quando
entrou em contato com a Marinha, pediu que eles tentassem contato com os
navegantes, via rádio, mas as autoridades não conseguiram comunicação com a
embarcação de imediato.
"Pouco tempo
depois, eles retornaram dizendo que foi, sim, feito um pedido de socorro
próximo à localização que eu tinha enviado [Farol de São Thomé (RJ)] para eles,
sendo que eles não conseguiram confirmar se realmente eram eles, porque o sinal
falhou", complementa Vitória.
Contudo, nesta
segunda-feira (1º), ela disse que a Marinha confirmou o pedido de socorro foi
da lancha "O Maestro". Ela tem medo de o grupo estar à deriva, porque
um dos motores da lancha (que possui dois) tinha parado de funcionar, segundo
relato do seu marido.
A Marinha informou ter
acionado “imediatamente, o Salvamar Sueste, estrutura responsável por busca e
salvamento no mar, que acionou o Navio-Patrulha ‘Macaé’ e duas aeronaves, sendo
uma da corporação e outra da Força Aérea Brasileira (FAB)". Além disso, a
Marinha afirma que emitiu aviso por rádio para alertar e solicitar apoio a
todas as embarcações nas áreas próximas.
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