Deputados que integram a cúpula da Câmara dos Deputados
passaram a noite discutindo a prisão do deputado Daniel Silveira por determinação do ministro Alexandre Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF).
Nos bastidores, segundo o blog apurou, existe uma “preocupação” dos deputados em
“proteger” a Casa ao não abrir precedentes para futuros
casos de prisão de deputados decididas pelo Judiciário. Mas, ao mesmo tempo, os
deputados não querem “afrontar” o Supremo Tribunal Federal, muito menos por
causa de um deputado que, nas palavras de um líder que participa das
negociações, “vive de
atacar a democracia”.
Na avaliação de parlamentares da base governista, Silveira vem
provocando o STF há algum tempo e, se a Corte decidir por unanimidade manter a
prisão do deputado, ficará mais difícil para os deputados contrariarem uma
decisão da maioria dos ministros do Supremo. Desta forma, avaliam deputados, ao
invés de circunscrever a crise a um parlamentar, a “briga” passará a ser da
Câmara contra o STF.
A Mesa da Câmara vai se reunir nesta tarde. Entre os líderes
partidários, a expectativa é de que outros ministros do STF referendem a
decisão do ministro Moraes. Avaliam que ele não teria tomado uma medida desse
porte sem costurar com seus pares, para avaliação de todos posteriormente.
No Planalto, a ordem é não se envolver com a defesa de Silveira.
Apesar de aliado de primeira hora do presidente Bolsonaro (sem partido), o
deputado não conta, pelo menos até aqui, com nenhuma defesa pública do
presidente nem de seus ministros. Motivo: o governo quer distância de brigas
com STF e busca aproximação com ministros da Corte desde o ano passado.
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