Uma investigação feita pela polícia de Minas Gerais que aponta que o PCC está incendiando caminhões cegonha, que transportam carros zero km. O Jornal da Band teve acesso com exclusividade ao inquérito.
Os ataques seriam uma maneira de intimidar as empresas estabelecidas e também enfraquecer o mercado, facilitando a entrada de transportadoras ligadas ao crime organizado, que levariam armas e drogas escondidas nos carros zero. O motivo é que esses veículos dificilmente são revistados em bloqueios da polícia nas estradas.
Além de enfraquecer a concorrência, os crimes provocam um grande prejuízo, já que os carros transportados também são destruídos pelo fogo.
Foram pelo menos 40 caminhões-cegonha incendiados no ano passado em todo o país. Em novembro, quatro suspeitos de São Paulo foram detidos logo após o incêndio que aconteceu no centro do estado de Minas Gerais. Um dos presos é Anderson dos Santos Silva, conhecido como Nando, ex-presidente da torcida organizada do Palmeiras, Mancha Alviverde. Há quase 3 anos, ele deixou o cargo após o assassinato de um fundador da organizada que se mostrava contrário à indicação de um integrante do crime organizado para a diretoria da torcida.
Assassinato na torcida organizada
Moacir Bianchi foi vítima de uma emboscada, em março de 2017, na zona sul de São Paulo. A polícia paulista apurou que, horas antes de ser assassinado, Moacir participou de uma reunião na sede da Mancha Alviverde e discutiu com o então presidente da agremiação, o Nando, e o acusou de indicar um integrante do crime organizado para a diretoria da torcida. Essa pessoa era Marcelo Ventola, que inclusive estava naquela reunião. Ventola pertence ao PCC e está preso acusado de ser o autor do assassinato.
O ex-presidente da mancha sempre negou envolvimento com o crime organizado, já a polícia mineira tem indícios de que Nando agiu a mando do PCC, que estaria interessado em entrar no setor logístico.
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