O presidente Jair Bolsonaro fez uma live nesta 5ª feira (31.dez.2020) no Guarujá (SP), onde passa a virada de 2020 para 2021. Ele estava ao lado de um sargento do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da Polícia Militar do Rio, identificado apenas como Max, e de um tradutor de libras da Igreja Batista de São Paulo, cujo nome não foi mencionado. Durante a live o sargento da PM saiu e entrou um tenente do Exército, apresentado só como Moses.
O chefe do Executivo falou sobre as vacinas; disse que trará a pauta do excludente de ilicitude às “novas mesas do Congresso“; defendeu a liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Kassio Nunes Marques sobre Ficha Limpa; e atacou o governador João Doria e a mídia.
VACINA
Disse que as farmacêuticas apresentarão documentação para o uso emergencial da vacina em breve à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ressaltou que a aplicação será grátis e não obrigatória.
Bolsonaro falou sobre a não responsabilização das empresas por efeitos colaterais, dizendo que é o padrão quando se trata de autorizações emergenciais.
Afirmou novamente que não tomará a vacina, por já ter anticorpos. “Quem quiser pode tomar”, afirmou.
EXCLUDENTE DE ILICITUDE
Ele abriu espaço para que o militar que o acompanhava defendesse o excludente de ilicitude, que impede a punição de policiais que matam em algumas situações. “É uma ferramenta para o policial”, afirmou o PM. O presidente disse então que quer pautar o tema no Congresso em 2021: “Pretendo levar o tema para as novas mesas da Câmara e do Senado no ano que vem”.
“Não é justo o policial receber a visita de um oficial de Justiça. Para tudo tem que ter alguém responsabilizado. Pretende-se botar em votação para [o policial] ter paz para trabalhar”, disse.
PAZUELLO
ABORTO NA ARGENTINA
NUNES MARQUES
Bolsonaro se queixou das críticas que recebeu pela indicação de Nunes Marques.“Eu não posso acertar tudo, aceito crítica, sem problema nenhum. Mas é crítica em cima de crítica, e não sabe muitas vezes o que está acontecendo. Por exemplo, né, criticam o Kassio. Onde é que ele errou? ‘Ah, ele desfigurou a Lei da Ficha Limpa’. Mentira!“, disse o presidente, defendendo o ministro.
“O que ele fez foi definir o prazo a partir do qual começa a contar os 8 anos de inelegibilidade, nada mais além disso”. Bolsonaro defendeu a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), considerando “um absurdo” a suposta inelegibilidade dela depois do impeachment de 2016. Mas Dilma não se tornou inelegível. Concorreu ao Senado em 2018 por Minas Gerais e foi derrotada. Em 29 de dezembro, Bolsonaro colocou em dúvida o fato de Dilma ter sido submetida a tortura quando foi presa na ditadura militar, nos anos 1970.
CLOROQUINA
Disse que 90% dos servidores que trabalham para a presidência tiveram o covid-19, e que todos se trataram com os remédios. “Todo mundo seguiu o Dr. Messias”, afirmou em alusão a ele mesmo.
O tenente Moses, ao lado do presidente, disse que um colega diagnosticado com a covid-19 não tomou a cloroquina e, por consequência, acabou na cadeira de rodas.
JOÃO DORIA
“Tem que estar no meio do povo, se bem que não recomendo para você, porque vai se dar mal. Tu não sabe o que é povo. Não sabe o que é sentir o cheiro do povo, nunca entrou na casa de um pobre. Sempre fiz isso minha vida toda”.
Ele atacou o governador pelas medidas de isolamento social adotadas durante a pandemia.
USO DE MÁSCARAS
“Isso é uma ficção”, disse o presidente sobre a proteção oferecida pela máscara. “Quando é que vamos ter gente com coragem, e não sou especialista no assunto, pra falar que a proteção da máscara é um percentual pequeno?”.
O presidente afirmou que a máscara prejudica a pessoa, pois ela estaria “inspirando o CO2 que ela expirou”.
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