As águas da transposição do Rio São Francisco deverão chegar ao Rio Grande do Norte entre outubro e dezembro de 2021, segundo afirmou nesta quarta-feira (16) o Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
As obras do eixo norte, que levaram águas até o
Ceará, em 2020, deverão continuar, para levar água agora para
parte da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
"A partir de Jati, no
Ceará, a ideia é mantermos o cronograma físico e financeiro para que entre
outubro e dezembro do próximo ano as águas cheguem ao Rio Grande do Norte, a
partir do Jardim de Piranhas", declarou Marinho, em entrevista ao Bom Dia
RN, da Inter TV Cabugi. Veja a entrevista completa sobre este e outros assuntos
no vídeo acima.
Após entrar no estado, as
águas terão como destino o município Jucurutu, chegando à barragem de Oiticica
- obra que, segundo o ministro, também tem previsão de entrega em 2021.
"Estamos fazendo todos os esforços para
que no próximo ano tenhamos a conclusão da barragem, que não falte os recursos
necessários, porque é uma barragem que vai reservar mais de 600 milhões de
metros cúbicos e será a 'caixa d'água' da entrada do eixo norte no estado do
Rio Grande do Norte", afirmou.
De Oiticica, as águas
deverão seguir pelo Rio Piranhas-Açu até a barragem Armando Ribeiro Gonçalves.
De acordo com Marinho, o governo também abriu o processo licitatório para o
projeto executivo da adutora Seridó, que deverá retirar água das duas barragens
para abastecer 24 municípios da região Seridó. A obra deverá custar R$ 280
milhões.
Ainda dentro do projeto da
transposição, Marinho ainda afirmou que o governo federal vai abrir licitação,
no dia 24 de dezembro, é o quarto eixo da transposição do São Francisco - o
Ramal do Apodi, que vai percorrer Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, ao
custo de R$ 1,7 bilhão.
De acordo com Marinho,
quando for concluído, o ramal vai trazer água para o estado pelo município de
Major Sales, no Alto Oeste, e percorrer toda a região atendendo a 36 municípios
e 800 mil hectares da chapada do Apodi.
Na entrevista, o ministro
ainda falou sobre outros projetos do Ministério além de política, comentando a
possibilidade demissão do cargo, além das divergências com o ministro Paulo
Guedes, da Economia, que considerou normais. Nesse caso, Rogério Marinho
afirmou que as decisões cabem ao presidente Jair Bolsonaro.
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