Uma vida não tem preço, mas para homens de uma quadrilha, assassinos
profissionais, sempre teve. Para matar alguém sob encomenda, eles
chegavam a cobrar até R$ 1,5 milhão.
Uma operação na terça-feira passada (30) prendeu o líder da
organização, Leonardo Gouveia, de apelido Mad, e o irmão dele, Leandro,
conhecido como Tonhão. Naquele dia, sentado no chão, como se já
estivesse de castigo, era difícil imaginar que ali estava um criminoso
brutal, o cabeça do que ficou conhecido como o Escritório do Crime.
A organização pode ter mais de dez anos e foi criada por alguém que já
foi próximo de gente muito importante: o capitão Adriano da Nóbrega,
morto pela polícia no início do ano, quando estava escondido no interior
da Bahia. Um fim dramático para quem foi homenageado na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro à pedido do então deputado Flávio
Bolsonaro. E a mãe e a mulher do capitão Adriano foram funcionárias de
Flávio por muitos anos.
Adriano passou de policial elogiado à criminoso em pouco tempo. Se
envolveu com dois dos setores mais ricos do crime no Rio, o jogo do
bicho e a milícia. O escândalo dos assassinatos da vereadora Marielle
Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018, fez com que
as autoridades suspeitassem da milícia, de Adriano e de criminosos
ligados a ele.
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