Abraham Weintraub entrará para a crônica do serviço público como um
dos mais bem-acabados exemplos de meritocracia às avessas. Após
exercitar sua inépcia no cargo de ministro da Educação por um ano e dois
meses, o personagem foi guindado ao posto de diretor-executivo do
conselho de administração do Banco Mundial, em Washington. Trocará um
salário de R$ 30,9 mil por um contracheque quase quatro vezes maior: R$
115 mil por mês.
Para merecer a promoção, Weintraub precisou apenas chamar de
“vagabundos” os ministros do Supremo Tribunal Federal. Foi enviado para o
exílio dourado sob o pretexto de que precisa de um refúgio: “O
presidente já referendou”, disse num vídeo, ao lado de um constrangido
Bolsonaro. “Obrigado, presidente. E com isso, eu, a minha esposa, os
nossos filhos e até a nossa cachorrinha Capitu, a gente vai poder ter a
segurança que hoje me está deixando muito preocupado.”.
Se a passagem de Weintraub pelo Ministério da Educação serviu para
alguma coisa foi para demonstrar que o grande erro da natureza é a
incompetência não doer. Espera-se que o inglês de Weintraub seja melhor
do que o seu português. Do contrário, a estadia da cachorrinha Capitu em
Washington será ainda mais imprecionante, com “C”, como prefere o agora
ex-ministro.
Nossa...
JOSIAS DE SOUZA
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon