O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) intimou o
senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) a depor no inquérito que
apura um possível vazamento da operação Furna da Onça, que investiga
suspeitas de “rachadinhas” em gabinetes da Assembleia Legislativa do Rio
de Janeiro (Alerj).
A investigação foi aberta após o empresário Paulo Marinho (PSDB),
suplente do senador Flávio Bolsonaro, afirmar que a existência desta
apuração e a citação do político nela foram vazadas para o filho do
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda durante a campanha
eleitoral de 2018.
Como Flávio exerce o cargo de senador, e portanto possui foro
privilegiado, a intimação deve ser encaminhada a ele pelo
procurador-geral da República, Augusto Aras. Uma vez notificado o
senador terá trinta dias, a contar do recebimento, para marcar seu
depoimento.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Paulo Marinho relatou que o
vazamento lhe foi confidenciado por Flávio Bolsonaro, a fim de que o
empresário pudesse indicar ao filho do presidente um advogado
criminalista para ajudar em sua defesa. Citados como pessoas que teriam
conhecimento do ocorrido, os advogados Christiano Fragoso e Ralph Vianna
também foram intimados a depor.
A Operação Furna da Onça é baseada em relatórios do Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontam movimentações
suspeitas por parte de deputados estaduais do Rio de Janeiro e
servidores que atuam em seus gabinetes.
A prática principal investigada é a chamada “rachadinha”, que
significa a coleta de parte do salário e das gratificações recebidas por
funcionários para o uso por parte dos parlamentares, seja em gastos
pessoais ou políticos. Parte destes servidores seriam, ainda,
“fantasmas” e não prestariam serviços reais à Alerj.
Esse também tá enrolado.
CNN Brasil
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