Estadão - O presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (10) que há
clima e ambiente no Congresso para aprovar as duas novas parcelas do auxílio emergencial no valor de R$ 600. A intenção do governo anunciada ontem é pagar duas novas parcelas do benefício, mas pela metade do valor.
"Há um ambiente no Congresso (para
aprovar) os R$ 600", disse em entrevista a jornalista Leda Nagle. Nessa
terça-feira, Maia destacou que, se o governo for reduzir o valor do
benefício, seria necessário ter a aprovação do Congresso.
Hoje, ele cobrou um debate "democrático e
de união" com o governo sobre assunto. "Vamos sentar na mesa, poder
Executivo e poder Legislativo. Não queremos aqui derrotar o governo."
O deputado destacou que, depois da perda
de vidas pelo novo coronavírus, a situação dos desempregados e
informais afetados pela pandemia é o maior drama do País. Maia avaliou
ainda como "provocação" a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre
aumentar o auxílio emergencial para até R$ 1.000. Ontem, em reunião
ministerial, o chefe do Executivo disse que pagaria o aumento do
benefício se saísse do salário dos parlamentares.
"É claro que foi uma provocação porque é
claro que o presidente sabe que o custo de dois meses (do auxílio) são
R$ 100 bilhões e o salário dos deputados por 13 meses, com o 13º
salário, sai por R$ 220 milhões. Estamos muito distantes do valor",
disse Maia.
Maia argumentou que a economia com
possíveis cortes no salário dos parlamentares geraria um valor pequeno
e, por isso, seriam necessários cortes na remuneração dos três Poderes.
"Precisaria ser de todo mundo para poder completar os R$ 100 bilhões (do
auxílio)", afirmou. Ele reforçou que é preciso buscar recursos para
garantir o benefício pois, segundo ele, "não dá para aumentar a dívida
pública todo dia".
Maia...
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