Será que existe Inclusão em tempos de pandemia?
Trago uma reflexão acerca desse tema, pois não podemos esquecer-nos dos estudantes Público Alvo da Educação Especial.
De acordo com dados da ONU, 85 países estão com as escolas fechadas,
sem previsão de retorno, tendo em vista que os decretos estão sempre
prorrogando essa volta, em virtude de que as escolas são um grande
propulsor de contaminação. As crianças/ adolescentes terão muitas
dificuldades em seguir todas as orientações e cuidados para evitar a
contaminação. Esse público gosta de abraço, de trocar os lanches, de
conversar bem de perto, sendo assim, precisamos pensar no cuidado com a
saúde de todos nesse momento tão atípico em nosso país. Enquanto não
estamos preparados para esse retorno, precisamos pensar nas mais
diversas estratégias para minimizar os prejuízos de aprendizagem dos
alunos com Necessidades Educacionais Especiais.
Você concorda que esse período pandêmico na maioria dos casos as desigualdades estão bem acirradas?
Sabe-se que, 23,91% da população brasileira de acordo com o Censo de
2010, apresentam algum tipo de mobilidade reduzida, ou têm algum tipo de
deficiência. Mas, sabemos que esse número está bem maior nos dias
atuais. Com isso, precisamos levantar algumas estratégias para ajudar
esse público, eles precisam e devem enquadrar-se nas aulas remotas. Não
podemos esquecer o direito deles já garantidos em relação a adaptações,
como também acesso à escolarização e uma aprendizagem significativa.
Literaturas com metodologias acerca desse assunto não temos, pois estamos passando por momentos únicos e construindo história, construindo práticas que poderão um dia chegar à teoria, mas no momento precisamos usar das mais diversas estratégias e possibilidades para diminuir as desigualdades e proporcionar estímulos, aprendizagem e levar conhecimento para os estudantes com Necessidades Especiais.
Abaixo, trago algumas dicas que talvez possa contribuir com seu filho ou seu aluno. Mas, lembre-se que são dicas gerais, cada criança é única e precisa ser avaliada.
Para as escolas;
- Tempo de aula; As aulas remotas são desafiadoras para todos os
estudantes, mas, para os alunos com Necessidades Educacionais Especiais é
bem mais desafiador, sendo assim, o tempo de limite desse público pode
ser bem menor, então flexibilize esse tempo, aceite seu tempo limite.
Esse momento precisa proporcionar qualidade na aprendizagem, não
quantidade de conteúdos.
- Aulas direcionadas; Caso perceba que o aluno não está acompanhando as aulas, pense em vídeos direcionados e exclusivos para esses estudantes, de acordo com suas necessidades e limitações. Mas, ele poderá e deve participar das aulas regulares com os colegas e assim, ele não perderá o contato com todos. Sendo esse momento de socialização de suma importância para o desenvolvimento dessas crianças e adolescentes.
- Atividades adaptadas; Sabemos que as aulas presenciais no ano de 2020, foram poucos dias, mas a escola deve conhecer a particularidade de seus discentes e proporcionar atividades adaptadas caso eles precisem. Como já mencionei isso é direito garantido em Lei.
Para os pais;
- Local para estudar; Escolha um ambiente para estudos livre de estímulos. Evite locais com brinquedos, tecnologias e barulho;
- Seja o mediador do aluno; Na escola ele tem o professor ou mediador para esse suporte. Mas, em casa ele precisa de você ou de alguém que o ajude.
- Rotina; Uma das dicas mais importantes. Estabelecer uma rotina será de fundamental importância para todos, proporcionado segurança e previsibilidade das atividades que precisarão ser executadas durante o dia.
Sente-se inseguro ou precisa de ajuda?
Posso ajudar!
Olá, sou Karythya Mayara, Psicopedagoga,
graduada em Pedagogia, Pós Graduanda em Educação Inclusiva e Pós
Graduanda em Transtorno do Espectro do Autismo-TEA. Sou professora de
Educação Inclusiva da rede Estadual, atuo na área Psicopedagógica em
Clínicas, realizo Assessorias nas escolas, palestras e oficinas. Contato: (84) 9 9696-6204
Recado dado.
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