A modelo Kallinny Trevisan Maia, que
foi sequestrada e estuprada em Cotia, na Grande São Paulo, na
segunda-feira (1), deu detalhes do ataque e dos momentos que marcaram as
mais de oito horas passou em poder do agressor.
"Ele passou uma corrente com cadeado no meu pescoço, e me acorrentou ao
banco traseiro", conta a vítima. "Ele me puxou, a gente acabou indo
junto, entrando no carro, e eu praticamente fiquei em cima dele. Nessa
hora ele já colocou a faca no meu pescoço", diz Kallinny.
"Eu só queria que aquilo acabasse porque parecia um pesadelo. Em vários
momentos em que eu abria meu olho e olhava pro teto do carro eu me
perguntava 'como que isso tá acontecendo comigo, não pode ser verdade",
lamenta a jovem.
Enquanto a jovem era mantida refém dentro do carro, a família iniciou
uma corrida em busca da estudante. De acordo com a Record TV, o agressor
monitorou a rotina da de Kalliny e chegou a calcular o local exato para
estacionar o carro antes do ataque de forma que as câmeras de
monitoramento não pudessem flagrar o crime. Ainda assim, as imagens das
câmeras de segurança do local onde a jovem trabalhava foram entregues à
polícia e, por meio de uma imagem embaçada, os investigadores ajudaram a
encontrar veículo, vítima e abusador.
O carro usado no crime estava no nome da mulher do estuprador e ela
indicou aos policiais que o marido estaria em um condomínio trabalhando.
Os a.gentes surpreenderam o pedreiro quando ele deixava o local.
"Neste momento, nós não sabíamos que ela estaria no carro, nós abordamos
ele. Tiramos ele do veículo e enquanto conversávamos com ele, ela
começou a gritar no banco de trás", conta o delegado responsável pelo
caso. O homem foi preso em flagrante. Ele já tinha passagem pela polícia
por, 19 anos atrás, ter abusado sexualmente de outra mulher. Desta vez,
responderá por sequestro, cárcere privado e abuso sexual.
O caso
Kallinny foi atacada por volta das 8h19, quando chegava ao trabalho, um
laboratório de produtos naturais, na altura do km 30 da rodovia Raposo
Tavares. Nenhuma das duas câmeras posicionadas ao lado da entrada do
conseguiu registrar o que aconteceu.
Quando a vítima passou exatamente pelo ponto cego do sistema de
monitoramento, o carro do agressor estava posicionado ali. A jovem foi
atacada de forma brutal, a poucos metros da portaria. No entanto, ela
conseguiu gritar o nome da pessoa que trabalhava ali e foi ouvida. O
funcionário conseguiu ouvir o som da arrancada do veículo em alta
velocidade.
O homem dirigiu por cerca de dez minutos até o local onde, sozinho,
trabalhou de 8h30 até o fim da tarde, enquando a jovem estava
acorrrentada, no banco traseiro do carro.
Por meio de uma imagem embaçada, a polícia descobriu as informações do
veículo, que acabou sendo encontrado na porta de um condomínio, a cerca
de 3 km do local do ataque.
Ao chegar do trabalho, o agressor lavou o carro. Segundo a mãe de
Kallinny, a menina pensou que ele estava jogando gasolina para incendiar
o veículo na sequência. "Ela só via a água caindo. Ele tinha batido
tanto nela na parte do ouvido que ela já não estava muito bem", afirmou a
mãe da vítima. "Ela achou que ali seria o fim dela".
No entanto, Kallyne foi encontrada viva pela polícia, com arranhões no
pescoço e ferimentos na boca. Segundo familiares, a vítima foi estuprada
e agredida dentro do carro. O suspeito ainda teria a intenção de
matá-la, mas foi impedido pelos policiais. Ele já tem passagem na
polícia, por estupro. "Até quando? Até quando os homens vão fazer isso
com a gente?", desabafou a jovem.
Modelo...
R7
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