O grupo de hackers Anonymous Brasil liberou na
madrugada desta quinta-feira dados sobre "a verdade" do caso Marielle
Franco. As informações foram compartilhadas por volta de 00h30 no
horário de Brasília em um link e apontam para o senador Flávio Bolsonaro
(Republicanos) como mandante do crime. Informações pessoais de pessoas
confirmadas e outras supostamente envolvidas na morte da vereadora do
Rio de Janeiro estão disponíveis, como CPF, número de cartão de crédito,
filiação, telefones e endereço.
"Não queremos trazer notícias não verdadeiras, não
somos nenhum grupo iniciante e nem estamos com o propósito de fama,
diferente de todos os grupos brasileiros, aqui nós apuramos os fatos e
trazemos conforto e conhecimento sobre o que estão nos escondendo, aqui
nós apoiamos todos, nós? Somos negros, asiáticos, judeus, muçulmanos,
lgbt, e toda classe oprimida e desfavorecida! Vocês não estão sozinhos,
estamos com vocês", diz o início do texto de esclarecimento que antecipa
uma série de links e vídeos sobre como funcionou o suposto planejamento
da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson
Gomes.
O grupo de hackers apontou para Flávio Bolsonaro como o
integrante da família presidencial que atua junto com a milícia. Um
link de apoio redirecionado para um suposto documento da Câmara, do
deputado Rogério Correia (PT-MG), que pede uma investigação especial
para apurar as ações criminosas das milícias do Rio de Janeiro. Contudo,
não consta no requerimento o número de emissão e a data, apenas o mês
de fevereiro do ano de 2019 ao final do suposto documento.
"Estamos cansados, o povo clama por ajuda, será que
poderíamos visualizar com mais profundidade e com mais precisão o caso
do presidente? O que o senhor acha Presidente? Talvez surja provas que
seu filho é corrupto, talvez esse ano, a favela vai se revoltar,
policiais estão abusando de poder, e o sistema deixa!", disse em
mensagem os hackers, que reafirmou que a direita está "propícia a ser fascista".
Apesar de serem contra Bolsonaro, o Anonymous
voltou a reforçar que são apartidários em busca de "justiça" pelas
minorias. "Isso não é sobre ser de esquerda ou de direita, afinal somos
contra qualquer sistema político".
Nesta nova exposição de dados, foram divulgadas informações sobre de Ronnie Lessa
e a esposa, Elaine Pereira Figueiredo, Elcio Vieira de Queiroz,
Alexandre Motta de Souza, Rodrigo Jorge Ferreira, Camila Moreira,
apontada como advogada que "atrapalhou as investigações", Bruno Pereira
Figueiredo, cunahdo de Ronnie Lessa, José Márcio Mantovano e Josinaldo
Lucas Freitas, que seriam amigos de Ronnie e "ocultaram armas".
"Conclusão? Parece que a família bolsonaro é a
mandante. Também parece que agora temos vários motivos para duvidar da
postura do nosso querido presidente! #MarielleVIVE", finalizou a
postagem do grupo que se autodenomina Anonymous Brasil.
Nossa...
O Dia
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