A permanência do governador Wilson Witzel (PSC) no comando do Executivo fluminense pode ser abalada a partir desta quarta-feira, quando a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)
deve decidir se aceita um dos pedidos de impeachments contra ele.
Atualmente, há 11 pedidos de afastamento do governador protocolados na
casa.
"Até o momento, a mesa não apresentou parecer sobre nenhum dos pedidos", afirma a deputada Renata Souza (Psol). "Mas acho que, de fato, a mesa vai ter que encaminhar a votação do impeachment".
Caso um dos pedidos seja aceito, o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT),
deve estabelecer um prazo para que os partidos indiquem integrantes
para uma comissão especial que deverá julgar a admissibilidade de um
possível pedido de afastamento do governador.
"A Mesa Diretora vai dar um encaminhamento, isso é
real. Vai apresentar quais são os critérios (de aceitação do pedido), se
(o aceito) vai ser o primeiro pedido apresentado, se vai ser algum que
tem maior representatividade. A gente não sabe qual rito rito vai ser
adotado", acrescenta Renata.
O rito de um impeachment na Alerj prevê que a
comissão especial é quem defini prazos para defesa do governador e seu
vice. Terminado o prazo, um relatório é votado no plenário, que decide
pelo afastamento ou não do chefe do Executivo estadual.
'CRISE SEM PRECEDENTES'
Renata Souza acredita que o Estado do Rio esteja
passando por uma "crise sem precedentes". Ela define a gestão de Witzel
como "péssima".
"Não é só ter um gestor ruim, temos indícios de corrupção, que deixam claro ali possível crimes de responsabilidade do
governador. Isso tudo revela um cenário bem propício para um
impeachment", defende.
No último dia 26 de maio, Witzel, a esposa, e outros membros do alto escalão do governo do estado foram alvos da Operação Placebo, que investiga desvios na área da saúde durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Dentre os 11 pedidos de afastamento do governador na
Alerj, Renata destaca o do seu partido. Para ela, o documento
apresentados pelo Psol se destaca por ter assinaturas de parlamentares
de outras legendas.
A deputada cita ainda o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que reprovou as contas do primeiro ano de mandato do governador.
"Outro elemento que para nós sempre foi muito caro é a
questão da segurança pública. A gente viu, em plena pandemia, um
aumento de 43% da letalidade policial", alerta.
Uma das principais opositoras do governo na Alerj,
Renata também credita a um possível afastamento de Witzel a problemas na
gestão da Saúde do estado.

Essa nova política é um zero seu moço.
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