O deputado Alberta Dickson (PROS) chamou a atenção nessa quarta-feira
(10), durante sessão plenária remota da Assembleia Legislativa, para os
crescentes registros de óbitos de pessoas em isolamento domiciliar
decorrentes de patologias como câncer ou infartos. Segundo o
parlamentar, as pessoas com comorbidades estão largando seus tratamentos
ou acompanhamentos médicos em função do momento de pandemia.
“Temos observado que muitos pacientes, receosos com o novo coronavírus,
estão morrendo à míngua em casa. Idosos que estão com receio de sair de
suas residências e que, infelizmente, estão infartando”, lamentou
Albert.
De acordo com ele, o Brasil registra atualmente uma média de mil óbitos
por dia decorrentes de infarto agudo do miocárdio. “É um índice de
mortes diário que se assemelha aos índices da Covid-19, contudo sabemos
que uma hora a pandemia irá passar, mas continuarão ocorrendo os óbitos
por infarto agudo do miocárdio. Os números indicam um aumento de 40 para
60 mortes por hora decorrentes dessa causa, o que nos leva a crer que,
provavelmente, a ausência do acompanhamento médico seja o responsável
pelo agravamento do índice”, observou o deputado.
Na ocasião, Albert Dickson sugeriu à Secretaria Estadual de Saúde do RN
(Sesap) a promoção de uma campanha de estímulo para que os pacientes
com comorbidades retomem suas rotinas de acompanhamento médico, “desde
que sejam indicados os locais adequados que eles devem procurar,
separando esses pacientes dos pacientes com suspeita da Covid-19. Não
procurar uma UPA, por exemplo, mas sim um hospital especializado”,
alertou o parlamentar, acrescentando ainda que, no caso do pacientes com
câncer, esses devem procurar a Liga Norte Riograndense Contra o Câncer.
Ao final do pronunciamento, Albert disse que estuda a viabilidade de
elaboração de um projeto de lei a ser apresentado na Casa Legislativa
para fortalecer a campanha de estímulo em favor da causa.
Dickson em ação...
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