Um advogado foi
preso neste sábado (27), em Campina Grande, pela Polícia Civil da
Paraíba, suspeito de ter ligação com organizações criminosas
responsáveis por ataque a bancos e homicídios no Sertão do Estado. Ele
foi detido em uma ação conjunta com a Força Tarefa enviada para apurar
crimes ocorridos em Catolé do Rocha.
Ele é suspeito
de ser um dos líderes da organização criminosa desarticulada na Operação
Ladinos, deflagrada no Sertão paraibano, no final do ano passado. O
advogado foi preso em razão do cumprimento de mandado de prisão
preventiva expedido pela 2ª Vara Mista da Comarca de Pombal.
Segundo a
Polícia Civil, durante as investigações ficou evidenciado que além de
atuar na advocacia da organização criminosa, o advogado era
possivelmente o mentor intelectual da organização e o responsável pela
aquisição de armas de fogo que eram utilizadas nas ações do grupo.
Ainda de acordo
com a a polícia, o advogado vinha sendo investigado há mais de dois
anos, quando houve uma série de “estouros de bancos” na região do
Sertão. Segundo investigações, ele se utilizava de sua prerrogativa de
advogado para colaborar com informações para membros de organizações
criminosas.
Por conta dessa
conduta, foi determinado pela Justiça que ele fosse proibido de
frequentar o Fórum e outro locais em que pudesse ter acesso a
informações, no entanto, foi verificado que ele continuou a manter
contatos com os suspeitos de fazerem parte de crimes cometidos em várias
cidades do Sertão.
Policiais que
fazem parte da Força Tarefa enviada para investigar a chacina ocorrida
em Catolé do Rocha na semana passada também entraram no caso e
descobriram que o advogado teria envolvimento com as duas quadrilhas que
provocaram as mortes de famílias rivais na cidade.
As
investigações continuam. A Operação Ladinos teve como objetivo
desarticular uma organização criminosa que praticou diversos assaltos a
bancos e carro-forte nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte,
Resultando na prisão de 22 criminosos e apreensão de diversas armas de
fogo de grosso calibre.
Polícia Civil.
G1/PB
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