Oswaldo Fumeiro Alvarez, o Vadão, faleceu nesta segunda-feira, em São
Paulo, aos 63 anos. Ele lutava contra complicações de um câncer de
fígado, que atingiu outros órgãos. O corpo será enterrado em Monte Azul
Paulista, cidade natal. O ex-treinador teve passagens por Corinthians,
São Paulo e seleção brasileira feminina.
Vadão foi diagnosticado com a doença em dezembro do ano passado e,
desde então, vinha realizando tratamento e estava internado no hospital
Albert Einstein, em São Paulo. O quadro do ex-treinador era considerado
grave após a quimioterapia e radioterapia. Ele deixa a esposa Ana
Alvarez e dois filhos, Adriano e Carolina Alvarez.
Nas redes sociais, atletas que trabalharam com Vadão publicaram
mensagens emocionadas. Marta e Cristiane enviaram relatos de
agradecimento ao ex-treinador.
“Vá em paz professor,Sua missão nessa terra você cumpriu e com muito
êxito.Desconheço qualquer ser humano igual, voce soube viver a vida de
maneira digna e honestamente, orgulho demais de ter vivido momentos
maravilhosos ao seu lado e ter tido a oportunidade de aprender muito.
Obrigada por tudo e descanse em paz”, escreveu a camisa 10 da seleção
brasileira.
Vadão despontou para o cenário nacional como treinador do Mogi Mirim,
em 1992, liderando a equipe que foi batizada de Carrossel Caipira. O
apelido foi dado em referência ao estilo de jogo ofensivo, remetendo à
Holanda de 1974, o Carrossel Holandês.
Não só pela origem no Mogi Mirim, Vadão teve carreira marcante em
clubes do interior paulista, especialmente a dupla de Campinas – Guarani
e Ponte Preta. Pelo Bugre, foi vice-campeão da Série B de 2009. Na
Macaca, teve quatro passagens e é considerado ídolo.
Com Vadão, o São Paulo foi campeão do Torneio Rio-São Paulo de 2001,
na final contra o Botafogo, que marcou o surgimento de Kaká.
Vadão teve duas passagens pela seleção feminina. Na primeira, entre
2014 e 2016, alcançou o quarto lugar nos Jogos Olímpicos Rio-2016.
Na segunda, mais conturbada pela rotina de derrotas – chegou a
acumular 10 derrotas em 11 jogos. Ele fora reconduzido ao cargo para
substituir Emily Lima, mas não conseguiu fazer a equipe jogar bem. No
Mundial feminino de 2019, o Brasil foi eliminado pela França nas oitavas
de final.
Vadão foi demitido da seleção para dar lugar a Pia Sundhage.
Vadão...
O Globo
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