O ministro Celso de Mello determinou que a Polícia Federal tome o
depoimento de Sergio Moro em no máximo cinco dias, no inquérito para
investigar suposta interferência política de Jair Bolsonaro na Polícia
Federal.
No depoimento, o ex-ministro poderá apresentar provas de suas
declarações da semana passada, “com a exibição de documentação idônea
que eventualmente possua acerca dos eventos em questão”.
A ordem atende a diversos pedidos feitos por parlamentares para que Moro seja ouvido logo — o prazo inicial era de 60 dias.
Numa petição a Celso de Mello, o PT também pediu cópia de mensagens do celular de Moro.
Na decisão, o ministro afirmou que cabe somente à Procuradoria Geral
da República requisitar esse tipo de medida ou outras diligências que
julgar necessárias para a apuração.
Celso de Mello delegou ao Serviço de Inquéritos da PF, ligada à
Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), a
tomada do depoimento.
Trata-se do grupo especial que investiga políticos com foro privilegiado no Supremo, inclusive nos casos da Lava Jato.
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