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pesar de estar desempregada desde o ano passado, Adeyula Dias Barbosa
Rodrigues, de 31 anos e moradora do Espírito Santo, teve seu pedido de
auxílio emergencial negado. O motivo? Dois empregos em aberto. Um deles,
inclusive, para um cargo que ela jamais pleiteou: presidente da
República, pela Secretaria de Estado de Educação (Sedu).
O outro vínculo que a impede de ser beneficiada é o de auxiliar de
secretaria pela Prefeitura de Vila Velha. De acordo com o jornal A
Gazeta, a mulher, de fato, trabalhou na Sedu. Porém, o contrato de
cuidadora infantil foi encerrado em agosto de 2019. Antes, Adeyula
exerceu o cargo de auxiliar de secretaria pela Prefeitura de Vila Velha.
Mesmo que o vínculo tenha sido encerrado, ainda consta na Relação
Anual de Informações Sociais (Rais) que ela é servidora municipal. A
base de dados é usada para analisar quem vai receber o auxílio
emergencial. A mulher procurou os Recursos Humanos (RH) da prefeitura,
mas não foi atendida.
Também buscou a Sedu, na esperança de descobrir o motivo do cargo
“presidente da República” constar na carteira de trabalho dela. Porém,
também não foi ouvida. “Acabei sendo prejudicada devido aos erros de
vários órgãos. Ninguém dá um direcionamento do que devo fazer. Eu ligo
para o 111 (número do auxílio emergencial) e eles alegam que não tenho
direito ao auxílio emergencial. Segundo eles, estou trabalhando. Porém,
estou desempregada de agosto de 2019. Você procura vários meios de
conseguir uma informação, mas eles ficam em um jogo de empurra-empurra”,
disse Adeyula ao jornal.
Sem acesso ao auxílio
Em análise”, diz o aplicativo do auxílio emergencial de R$ 600 da
Caixa Econômica Federal. A mensagem referente à situação do cadastro
aparece ininterruptamente desde 7 de abril para cerca de 38 mil
brasileiros. O número parece quase inexpressivo, diante dos 50 milhões
de benefícios já pagos, mas é ampliado a cada dia: se acrescidos os
trabalhadores que fizeram o cadastro nas duas semanas seguintes, até 22
de abril, a cifra dos “sem resposta” salta para 1 milhão de
solicitações.
Nesta quinta-feira (7), esses 38 mil trabalhadores informais
completam um mês sem qualquer resposta do governo federal sobre a
conclusão do pagamento do benefício. E, para muitos deles, cada dia a
mais sem o benefício é um dia adicional de sofrimento – até para
conseguir o que comer.
Nossa...
Com informações do Metrópoles
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