Aos 94 anos, Maria da Mata Mussi comemora ao lado dos familiares o
fato de ter superado o novo coronavírus. Moradora de Nova Granada (SP), a
idosa é portadora de pressão alta, diabetes, faz tratamento contra
câncer de pele e tem marcapasso.
A recuperação dela era uma incógnita para os médicos que a trataram
durante os sete dias que permaneceu internada no Hospital de Base de São
José do Rio Preto (SP). Contudo, a aposentada não precisou sequer ser
entubada e pôde retornar para casa, onde cumpriu 14 dias de isolamento.
A advogada Mariana Eleodoro Mussi contou que a avó viajou em janeiro a
São Paulo para fazer tratamento contra o câncer de pele no Hospital das
Clínicas. Contudo, as consultas foram desmarcadas por conta da pandemia
de Covid-19, e a idosa permaneceu hospedada na casa de um parente.
“Em abril, ela começou a ficar doente, a sentir falta de ar e a
tossir. Então, minha tia a levou em um Pronto-Socorro da Barra Funda. Os
médicos disseram que era suspeita de coronavírus e colheram o material
dela no dia 28 de abril”, relembra a neta de 27 anos.
Dois dias depois, Maria precisou ser levada para o hospital campanha
do bairro Anhembi-Morumbi. O resultado do teste rápido ficou pronto em
1º de maio e deu negativo para Covid-19. No entanto, a idosa precisou de
oxigênio, porque os médicos constataram que a saturação dela estava
baixa.
Preocupada com a possibilidade de o quadro da aposentada piorar, a
família decidiu trazê-la a Rio Preto. Ao chegar no município do interior
de São Paulo, Maria foi levada ao Hospital de Base e fez outro exame. O
resultado, dessa vez, foi positivo para Covid-19.
“Ficados desesperados com a notícia. Vemos tantos exemplos de pessoas
mais novas que perderam a vida, e a minha avó tem marcapasso, diabetes,
hipertensão, câncer de pele e 94 anos de idade. Até os médicos não
acreditavam na recuperação dela”, afirma a advogada.
Maria ficou internada do dia 1º até 8 de maio. Os médicos refizeram
todos os exames e decidiram que ela poderia retornar para a casa. Ao
chegar no imóvel da família, ela precisou ficar isolada durante 14 dias.
“O isolamento acabou no dia 21 de maio. Ela refez o exame e deu negativo para Covid-19”, afirma a neta, que complementa:
“Foi a melhor sensação poder tê-la de volta conosco. Minha avó foi
realmente uma guerreira. Atualmente ela está bem, comendo e andando. Os
médicos acreditavam que ela teria dificuldades para andar pelo fato de
ter um desgaste no quadril e por ter ficado muito tempo deitada, mas ela
já pegou o andador e começou a caminhar no segundo dia. Está super
lúcida”, contou.
Guerreira...
G1
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