O Brasil realizou até o momento 482.743 testes moleculares para o
coronavírus, o que representa 2% dos 24 milhões de exames prometidos
pelo governo para enfrentar a pandemia de Covid-19, e mais de 145 mil
destes aguardam a análise por laboratórios ou a divulgação dos
resultados.
A capacidade limitada de testagem, em especial nos primeiros dias do
coronavírus no país, tem sido apontada por especialistas como um dos
motivos — junto com a baixa adesão ao isolamento social — para a recente
aceleração da doença, que chegou nesta terça-feira a 177.589
confirmações, com 12.400 óbitos.
O Brasil é agora o sétimo país com maior número de casos confirmados,
após superar a Alemanha, ficando atrás de Estados Unidos, Espanha,
Rússia, Reino Unido, Itália e França.
O Ministério da Saúde anunciou na semana passada um plano para
ampliar a testagem no país, passando de 2,7 mil exames moleculares
processados diários para um pico de 70 mil no auge, com um aumento
escalonado. A meta é realizar 24 milhões de testes moleculares até o fim
do ano, além de 22 milhões de testes rápidos, totalizando 46 milhões de
exames.
Os laboratórios certificados da Alemanha, por exemplo, a testaram
mais de 330 mil amostras apenas na semana passada e têm capacidade de
testar cerca de 838 mil por semana.
Dos 482.743 exames moleculares feitos no Brasil até o momento,
337.595 foram processados pelos laboratórios centrais até 11 de maio e
tiveram resultados divulgados, 95.144 aguardam a análise e outros 50.004
esperam recebimento nos laboratórios.
Em comparação, até 22 de abril eram 181 mil testes processados e com resultados divulgados.
“O que a gente pode olhar desses números é que o quantitativo de
exames que estão processados, foi feito um esforço muito grande por
parte dos laboratórios centrais do Brasil e foi possível atualizar boa
parte dos casos e dos óbitos que estavam pendentes”, disse o secretário
substituto da Secretaria de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, em
entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
“Ainda existe um quantitativo grande, mas os laboratórios estão
conseguindo dar conta, considerando todo o processo que vai desde a
coleta até a divulgação do resultado final, que também envolve processo
de digitação e entrada dos dados, que também exige muito dos
laboratórios”, acrescentou
Além dos laboratórios oficiais, o Brasil tinha cerca de 100 mil
exames de laboratórios particulares ainda não incluídos no sistema do
Ministério da Saúde até semana passada, o que aponta para um número
ainda maior de casos de Covid-19.
Questionado, o secretário não informou nesta terça-feira o tamanho da
base de dados de testes da rede privada que precisa ser incluída no
sistema oficial, mas disse que o governo trabalha em uma portaria para
regulamentar essa inclusão.
Preocupante...
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