O presidente Jair Bolsonaro recebeu
nesta segunda-feira (4) no Palácio do Planalto Sebastião Curió, o Major Curió,
81 anos, oficial do Exército que comandou a repressão à Guerrilha do Araguaia
(PA).
O encontro
aconteceu às 10h20 e não constava da agenda oficial do presidente, divulgada
pela Secretaria de Comunicação Social. Por volta de 21h20, a assessoria de
Bolsonaro atualizou a agenda e incluiu o encontro.
Major Curió,
que passou para a reserva como coronel, foi denunciado pelo Ministério Público
Federal por homicídio e ocultação de
cadáveres durante o combate à guerrilha. Em 2009, ao jornal
"O Estado de S. Paulo", Curió afirmou que o Exército executou 41
pessoas no Araguaia.
Em uma rede
social, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) postou a foto do encontro, chamado
por ele de "histórico". O parlamentar também escreveu que Major Curió
é um "homem de honra" e "defensor dos garimpeiros" – ele
foi intervertor, designado pelo regime militar, no garimpo de Serra Pelada, no
Pará.
À TV Globo,
Chico Rodrigues disse que não participou do encontro, que a foto foi feita por
um funcionário dele e que não sabia das denúncias do MPF contra Curió.
Guerrilha do Araguaia
A Guerrilha do Araguaia foi um movimento contrário à ditadura
militar, que atuou entre as décadas de 1960 e 1970.
O combate entre guerrilheiros e militares ocorreu no na divisa dos estados de
Goiás, Pará e Maranhão, deixando mortos 67 opositores à ditadura.
Segundo o
Ministério Público, Curió e os militares subordinados a ele chegaram a matar
pessoas mesmo estando rendidas e
sem apresentar resistência a eles.
"[Os
crimes] foram comprovadamente cometidos no contexto de um ataque sistemático e
generalizado contra a população civil brasileira, promovido com o objetivo de
assegurar a manutenção do poder usurpado em 1964, por meio da violência",
afirma o MPF.
Serra Pelada
Em maio de 1980, Major Curió foi designado pelo regime militar interventor em Serra
Pelada (PA). Na ocasião, ele se tornou a única autoridade civil
e militar da região.
Curió
proibiu a entrada de mulheres, cachaça e armas na zona de trabalho. O revólver
dele, como costumava dizer, era o que "cantava mais alto". Em 1982,
Curió foi eleito deputado federal pelo Pará.
Em 2000,
Major Curió foi eleito prefeito de Curionópolis (PA), assumindo o mandato em
2001.
a eles.
"[Os
crimes] foram comprovadamente cometidos no contexto de um ataque sistemático e
generalizado contra a população civil brasileira, promovido com o objetivo de
assegurar a manutenção do poder usurpado em 1964, por meio da violência",
afrma o MPF.
Serra Pelada.
Em maio de 1980, Major Curió foi designado pelo regime militar interventor em Serra
Pelada (PA). Na ocasião, ele se tornou a única autoridade civil
e militar da região.
Curió
proibiu a entrada de mulheres, cachaça e armas na zona de trabalho. O revólver
dele, como costumava dizer, era o que "cantava mais alto". Em 1982,
Curió foi eleito deputado federal pelo Pará.
Em 2000,
Major Curió foi eleito prefeito de Curionópolis (PA), assumindo o mandato em
2001.
Nossa.
G1
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