Um áudio de uma conversa entre um homem chamado Luís Roberto, alvo da
Operação Favorito, com um amigo cita um “acerto” com o governador do
RJ. A operação da Polícia Federal apura os negócios do estado do Rio com
o empresário Mário Peixoto.
Na conversa, o investigado faz referências a Peixoto, afirmando que o
empresário acertou a revogação da desqualificação da empresa Unir Saúde
em editais do Rio de Janeiro.
“Te falaram que vão revogar aquela decisão?”, pergunta. “Diz o Mário
que foi ele que acertou junto com o governador, mas não publicou ainda.
Eu estava comprando isso de um outro cara”, responde o interlocutor, em
trecho do diálogo.
Ser “desqualificada” significava que uma empresa não poderia ser
contratada pelo estado. De acordo com a apuração, uma decisão do
governador Wilson Witzel (PSC) de fato permitiu que essa contratação
pudesse voltar a ser feita. A requalificação feita por Witzel contrariou
dois pareceres internos do próprio governo para que essa organização
social fosse reabilitada.
O governador Wilson Witzel afirmou que se considera vítima de
“perseguição política”. “O que se encontrou foi apenas a tristeza de um
homem e de uma mulher pela violência por este ato de perseguição
política que está se iniciando neste país. O que aconteceu comigo vai
acontecer com outros governadores considerados inimigos. Narrativas
fantasiosas e investigações precipitadas”, disse.
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