O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste domingo (10) que “até gasto com cartão” corporativo gera polêmica em seu governo.
Segundo reportagem da Folha, as faturas com cartão corporativo da Presidência República têm sido, em média, maiores no governo Bolsonaro do que nos de Michel Temer (MDB) e de Dilma Rousseff (PT).
Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada,
residência oficial do presidente, ele não respondeu, neste domingo, o
sexo da filha que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a esposa dele,
Heloísa, terão. “Se eu falar dá polêmica”, afirmou o presidente.
E continuou: “Até gasto com cartão… estão batendo em mim. Gasto com
cartão corporativo. Só que teve quatro aviões para a China para buscar
gente lá. Aí gastou mesmo. E botam na minha conta”.
No entanto, as despesas estão sob sigilo e não é possível saber, na fatura, o peso dessa operação de resgate de brasileiros em Wuhan, na China, onde foram registrados os primeiros casos do coronavírus.
A reportagem da Folha considera a média das despesas com esses cartões desde o início do governo.
Na gestão atual, gastou-se, em média, R$ 709,6 mil por mês, o que
representa uma alta de 60% em relação ao governo do emedebista e de 3%
em comparação com a administração da petista.
Por mês, Dilma tinha uma média de gastos de R$ 686,5 mil, enquanto
Temer despendia R$ 441,3 mil. Os dados são do Portal da Transparência do
governo federal, que reúne informações de 2013 a março de 2020 (fatura
mais recente). Os valores foram corrigidos pela inflação do período.
Dilma, Temer e Bolsonaro tiveram as mesmas regras para uso dos
cartões. Não houve mudança nos critérios desde 2008, segundo o Palácio
do Planalto. Naquele ano, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva
adotou restrições, como limitação de saques, diante de compras abusivas
realizadas com esse recurso.
Acabou a mamata...
Folha...
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