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* Saída de Moro com acusações causa estrago maior do que esperado por Bolsonaro, avalia Planalto.


Caiu como uma bomba no Palácio do Planalto o anúncio do pedido de demissão do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. No pronunciamento, em tom de desabafo, Moro fez acusações de interferência política na Polícia Federal por parte do presidente Jair Bolsonaro

A avaliação do núcleo próximo do presidente é que as declarações de Moro causaram forte estrago político, esvaziando de forma permanente o governo. Avaliam que também que o efeito negativo foi muito maior do que o esperado por Bolsonaro. 

Segundo aliados, o presidente avaliava inicialmente que, depois de demitir Luiz Henrique Mandetta da Saúde, teria condições de fazer o mesmo com o ministro Moro. 

A exoneração do diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo foi um movimento de Bolsonaro para forçar o pedido de demissão de Moro. 

“Haveria um desgaste político com a saída de Moro. Isso já estava no cálculo do presidente. O que ele não esperava é que Moro deixasse o governo com tiros de canhão”, reconheceu ao blog um auxiliar do presidente. 

Há grande preocupação com o entorno do presidente com a repercussão das declarações de Moro. Haverá um movimento do Planalto para tentar amenizar o desgaste da imagem de Bolsonaro depois do episódio. 

Mas, internamente, há o reconhecimento que, além da reação jurídica, no Supremo Tribunal Federal, e legislativa, no Congresso Nacional, o efeito negativo será enorme na base eleitoral de Bolsonaro, isso porque parcela considerável dos apoiadores do presidente tem no ex-ministro Moro uma referência maior. 
Nitroglicerina pura seu moço... 
Camarotti
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