Uma imagem que circulou em redes
sociais mostra um paciente inconsciente em uma unidade de Pronto Atendimento,
em Manaus. O homem estava com dificuldade para respirar e os médicos tiveram
que improvisar um "equipamento": um saco plástico que funcionou como
uma câmara de ar para o rapaz. Nesta terça-feira (21), a Secretaria de Estado de Sáude (Susam) informou que 91% dos leitos
UTI para pacientes de Covid-19 do Amazonas já estão ocupados. No estado, o
número de casos confirmados chegou a 2.270, com 193 mortes no total.
Com dificuldade para respirar, o
paciente aguardava que vagas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) fossem
disponibilizadas na rede de saúde pública.
A Secretaria de Estado de Saúde
(Susam) informou que a família desse paciente autorizou o procedimento do
improviso. Eles disseram, ainda, que o paciente já foi transferido para um
hospital da rede privada.
A reportagem da Rede Amazônica
mostra, também, que uma idosa, de 63 anos, morreu no Serviço de Pronto Atendimento do
São Raimundo, após quatro dias aguardando uma vaga em UTI. Foi
justamente no dia que a justiça determinou que o estado fizesse a transferência
da paciente. A família disse que a mulher tinha suspeita de Covid-19. Ela
estava inconsciente e respirava com muita dificuldade.
A secretária estadual de saúde,
Simone Papaiz, informou em coletiva de imprensa virtual, nesta terça-feira
(21), que o Estado busca contratar novos profissionais para aumentar o número
de leitos disponíveis do Estado. Segundo ela, a taxa de ocupação de salas
rosas, para onde são levados pacientes de Covid-19 que não conseguem leitos nos
hospitais, costuma a chegar na totalidade.
“Sala rosa, chegamos a 100%. Varia
muito de 95% a 100% de internação, dependendo do dia. Ontem, por exemplo, nós
estávamos com 100% de capacidade operacional da sala rosa, no Hospital 28 de
Agosto. Os leitos com maior taxa de ocupação são os de UTI. Por isso, estamos
nos debruçando na questão de contratação de médicos intensivistas para poder
ampliar os leitos de UTI. Este é um de nossos desafios”, disse Simone.
Na maternidade Balbina Mestrinho, em
Manaus, uma dona de casa de 27 anos que está em isolamento com sintomas do novo coronavírus denuncia a falta de atenção
necessária durante a gravidez. Ela teme perder a vida e a filha.
Na manhã desta terça-feira (21), em
entrevista ao G1, a dona de casa Suelen Martins, grávida de seis
meses, contou que há seis dias passou mal em casa. Ela teve febre alta e tomou
medicação, mas outros sintomas apareceram. Ela então foi até a maternidade, na
Zona Sul de Manaus, onde está internada desde então.
Internada há quatro dias na rede
pública de saúde do Amazonas, Dona Maria das Graças, de 63 anos de idade,
morreu com suspeita de Covid-19 nesta segunda-feira (20). Ela esperava uma transferência de hospital para ter acesso a uma
Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas foi a óbito antes de
conseguir. A família denunciou descaso médico no caso. A filha, em entrevista à
Rede Amazônica, ao comentar o caso, denunciou descaso de médicos e enfermeiros.
Caos é isso seu moço.
G1
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