O necrotério do Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, em Duque
de Caxias, na Baixada Fluminense, amanhaceu neste sábado lotado de
corpos. Diversos cadáveres estão acumulados no local, conforme mostram
fotos de um leitor feitas neste sábado naquela unidade. A situação é tão
caótica que há corpos até nos corredores. As informações foram
confirmadas nesta tarde pela prefeitura de Caxias.
Pelo menos 12 corpos estão no corredor próximo ao necrotério, que tem
capacidade para 25 cadáveres e fica no subsolo do hospital. De acordo
com a prefeitura, os cadáveres são de vítimas da Covid-19. O mau cheiro,
segundo servidores, já pode ser sentido de outros corredores de acesso.
Os corpos seriam de pessoas cujas famílias não têm condições de arcar
com o sepultamento.
O prefeito Washington Reis, que recebeu alta médica esta semana após 13
dias internados com coronavírus, disse que o município registra,
normalmente, 25 óbitos por dia.
— Durante a pandemia, esse número aumenta — frisou ele, que trava uma
batalha judicial há mais de três anos contra a concessionária AGR,
responsável pelos serviços funerais na cidade. Reis se posiciona contra
os preços cobrados pela empresa e que não atende a população de baixa
renda.
— Vamos tomar todas as providências, criar um decreto e tabelar o preço
de sepultamentos em emergência por menos de mil reais, e a prefeitura
vai arcar com os custos para as famílias que não tem como sepultar seu
ente querido — concluiu o prefeito.
Procurada, a concessionária AGR, responsável pelos serviços funerais em
Duque de Caxias, disse que a retirada dos corpos foi solicitada pela
prefeitura neste sábado. Diante do pedido, "a empresa imediatamente
enviou veículos para fazer as remoções. As equipes estão no hospital
fazendo o trabalho desde o período da manhã". Em nota, a AGR informou
ainda que serão retirados os corpos cujos parentes estejam presentes
para fazer o reconhecimento.
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