Ela nasceu em 1914, um tempo bem diferente do nosso. Mesmo através
dos olhos de criança, viu o mundo entrar em um dos seus terríveis
momentos: a Primeira Guerra Mundial e a Gripe Espanhola. Onze anos
depois, já na sua juventude, se viu em cenário pior ainda: o início de
um novo conflito mundial e os bombardeios da Luftwaffe na cidade de
Birmingham. Depois viu subir a cortina de ferro e a queda do Muro de
Berlim. E, depois de ter passado por tudo isso, ainda sobreviveu para
vencer o coronavírus aos 106 anos. Essa é Connie Titchen.
Segundo informações do National Health System, o NHS, o SUS do Reino
Unido, Connie Titchen, 106, recebeu alta do Hospital da Cidade
Birmingham. Ela seria a paciente mais velha do mundo a testar positivo
para a doença e receber alta.
“Eu me sinto muito sortuda por ter ganhado a luta contra esse vírus.
Eu mal posso esperar para ver minha família”, disse, em um belo vídeo
feito no NHS.
“Ela teve uma vida bastante ativa na juventude. Amava dançar, andar
de bicicleta e jogar golfe. Sempre cozinhou para si mesmo, apesar de
amar um McDonald’s às vezes. Eu ainda não contei pra ela que o Mc está
fechado”, brincou um de seus netos.
“Acredito que o seu sucesso e segredo para essa idade é que ela
sempre foi bastante ativa fisicamente e bastante independente. Ela fez
uma operação na bacia em dezembro e pouco depois de um mês já estava
andando novamente. Ela é maravilhosa e a família quer muito revê-la.”,
completou.
O Reino Unido é um dos países do mundo com maior número de casos
confirmados da covid-19. O governo Boris Johnson havia adotado, em
primeiro momento, a tática de mitigação – não exigindo quarentena, mas
voltou atrás. A curva de infecção se intensificou nas últimas semanas de
março e hoje parece começar a se achatar. São mais de 100 mil casos e
13 mil mortes até o presente momento.
Coisa boa.
R7
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