O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar Jorge Oliveira,
atualmente ministro da Secretaria-Geral da Presidência, como o novo ministro da
Justiça e Segurança Pública, no lugar de Sergio Moro, que deixou o
cargo na última sexta-feira (24).
Fontes
do Planalto confirmaram que, depois de muito resistir, Oliveira acabou
aceitando o cargo na Justiça. Ele era o nome que a família Bolsonaro queria na
pasta. Neste sábado (25), ele se reuniu com o presidente na residência oficial
do Palácio da Alvorada.
O
governo também já se decidiu sobre o novo diretor-geral da Polícia Federal. Vai ser Alexandre Ramagem,
atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A vaga no comando
da PF foi aberta depois que Bolsonaro exonerou o delegado Maurício Valeixo. A
saída de Valeixo foi um dos motivos que levaram Moro a deixar o governo,
alegando tentativa de interferência política do presidente na PF.
Com essas modificações, Bolsonaro terá duas pessoas
próximas a sua família nos dois postos. O pai de Oliveira trabalhou com o
presidente durante 20 anos, quando Bolsonaro era deputado. O próprio ministro
já foi assessor parlamentar de Bolsonaro e, depois, chefe de gabinete na Câmara
de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.
Oliveira
foi padrinho de casamento de Eduardo Bolsonaro. A cerimônia foi realizada em
2019 (veja a foto abaixo).
Ramagem, delegado da PF, trabalhou como segurança de
Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018. A partir dali criou uma relação de
amizade próxima com a família.
O
deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse no sábado que vai
apresentar uma ação na Justiça para impedir que Ramagem assuma o
cargo, caso ele seja nomeado diretor-geral da Polícia Federal. O deputado lembrou
que Ramagem, além de ter chefiado a segurança de Bolsonaro na campanha
eleitoral de 2018, também é amigo dos filhos do presidente.
Ramagem comemorou a virada de 2018 para 2019 em uma
festa de Ano Novo ao lado do vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do
presidente.
Detalhe: Após às declarações de Moro é algo inadmissível essas nomeações, fato.
Novo Ministro...
Novo diretor da PF...
G1
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