A Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco)
vem a público repudiar as declarações ofensivas do ministro da Economia,
Paulo Guedes, aos servidores públicos na data de hoje (27). Guedes mais
uma vez se vale de seu cargo para, de maneira insidiosa, tentar colocar
os cidadãos brasileiros contra o serviço público, e tratar os
servidores como empecilho para a recuperação econômica do Brasil.
Ao afirmar que o servidor público deve mostrar disposição em
fazer algo pelo país, aceitando o congelamento dos salários pelo período
de um ano e meio, como quer propor o governo, o ministro ignorou o
sacrifício diário que já é feito pelos membros do funcionalismo público
que estão trabalhando no combate à pandemia da Covid-19. Pessoas que,
por muitas vezes, optaram por se afastar de suas famílias, colocando em
risco sua segurança para ajudar o próximo, ou até mesmo dividindo seus
ganhos para ajudar aqueles que perderam empregos ou estão
impossibilitados de exercerem suas funções.
Não cabe ao serviço público ser o salvador da economia do país. É
dever do Estado adotar e acelerar medidas para proteger e apoiar os
milhões de brasileiros que estão perdendo o emprego com a crise. O atual
governo é responsável pelas políticas econômicas anteriores que
potencializaram os efeitos da pandemia, uma vez que a Covid-19 emergiu
num momento em que a economia brasileira estava paralisada e o dólar já
se achava em disparada.
Vale reforçar que os principais países do mundo aumentam o gasto
social e fortalecem o Estado para proteger vidas, manter empregos e sair
da pandemia com capacidade para retomar o crescimento econômico e
conseguir, assim, reerguer as nações. É hora de o Brasil fazer o mesmo. O
governo pode contar com o serviço público para essa missão, desde que
olhe para o todo, sem desmerecer setores fundamentais para o país para
esconder sua inabilidade perante a crise.
Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco)
Guedes.
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