Em carta aberta a Jair Bolsonaro, a Associação Nacional dos Delegados
da Polícia Federal (ADPF) afirma haver uma “crise de confiança” na
indicação do novo diretor-geral da corporação.
No texto, os delegados cobram do presidente compromisso com a autonomia e com o mandato para o cargo de chefe da instituição.
A entidade pede ainda providências para resguardar a PF de novas
crises, como a que se estabeleceu a partir das acusações feitas por
Sergio Moro em seu pedido de demissão.
“Da maneira como ocorreu, há uma crise de confiança instalada, tanto
por parte de parcela considerável da sociedade, quanto por parte dos
delegados de Polícia Federal, que prezam pela imagem da instituição.
Nenhum delegado quer ver a PF questionada pela opinião pública a cada
ação ou inação. Também não quer trabalhar sob clima de desconfianças
internas. O contexto criado pela exoneração do comando da PF e pelo
pedido de demissão do ministro Sergio Moro imporá ao próximo Diretor um
desafio enorme: demonstrar que não foi nomeado para cumprir missão
política dentro do órgão. Assim, existe o risco de enfrentar uma
instabilidade constante em sua gestão”, diz a carta.
A ADPF cita ainda o caso protagonizado por Fernando Segovia,
escolhido por Michel Temer para comandar a PF em meio ao escândalo do
inquérito dos portos.
“O último comandante da PF que assumiu o órgão em contexto semelhante
teve um período de gestão muito curto. Qualquer eventual ordem de
intervenção cumprida pelo novo DG, que acreditamos que nenhum delegado o
fará, necessariamente o levará ao mesmo destino ou até a uma situação
pior.”
Nossa...
Antagonista
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