Oito unidades prisionais do Rio Grande do Norte estão mais seguras com a
instalação, esta semana, de aparelhos de scanner corporal por raios X,
também conhecidos como “Body Scan”, que permitem a detecção de objetos
proibidos na entrada das visitas. Os equipamentos evitam abordagens
invasivas e agilizam a revista dos visitantes. Com a nova ferramenta de
tecnologia, a Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) atinge 16
das 17 unidades prisionais do estado equipadas com o aparelho.
Eles foram instalados esta semana após serem doados pelo Departamento
Penitenciário Nacional (Depen) e somam-se a outros em uso desde meados
de 2019 através de convênio do governo estadual. As unidades
contempladas agora são Complexo João Chaves, em Natal, Penitenciária
Estadual de Parnamirim, Complexo Penal de Pau dos Ferros, Centro de
Detenção Provisória de Apodi, Cadeia Pública de Caraúbas, Cadeia Pública
de Nova Cruz, Cadeia Pública de Ceará-Mirim e Complexo Agrícola Doutor
Mário Negócio, em Mossoró. Apenas a Unidade Psiquiátrica de Custódia e
Tratamento, em Natal, não teve demanda para instalação do equipamento.
Os policiais penais estão passando por treinamento de manuseio do
equipamento e, assim que as visitas no sistema prisional forem
retomadas, uma vez que estão suspensas por causa da prevenção ao novo
coronavírus, irão iniciar o processo de coleta e cadastramento da
biometria dos visitantes.
Segundo o secretario da Administração Penitenciária, Pedro Florêncio
Filho, com a utilização do scanner corporal os servidores e as visitas
passam a ter um tratamento mais digno, evitando a revista intima
vexatória e diminuindo as filas.
Na Cadeia Pública de Caraúbas, o diretor André Leandro explica que a
equipe passou por dois dias de treinamento ministrado pelos técnicos que
instalaram o “body Scan”. “A instrução foi ampla e visou atender o
efetivo de plantão, administrativo e Grupo de Escolta Penal para que
todos possam estar preparados para utilizar o scanner. No treinamento
vimos todo o funcionamento do equipamento, detalhes técnicos e como
identificar objetos ilícitos nos visitantes. A tecnologia é uma grande
aliada na fiscalização e na segurança das unidades”, disse o policial
penal. A capacitação no escaneamento corporal visa padronizar o trabalho
dos policiais penais.
O “Body Scan” não oferece risco aos servidores e visitantes. O
equipamento é capaz de localizar objetos sob as vestes e no interior do
corpo. Dessa forma, se evita a revista intima, um procedimento que era
necessário, mas que causava demora e constrangimento tanto para a
visita, quanto para o policial penal.
Desde meados de 2019, a Seap opera os scanner corporais nas
principais unidade prisionais do Estado. Na Penitenciária Estadual de
Alcaçuz, em Nísia Floresta, com cerca de 1.700 internos, há mais de um
ano não há registro de apreensão de celulares, graças ao empenho dos
policiais penais, o uso de dois “Body Scans” e a ausência de energia
elétrica nas celas. Alcaçuz, no ano de 2019, recebeu 23 mil visitas de
parentes dos internos.
O sistema prisional do RN tem atualmente cerca de 10 mil internos.
Recado dado.
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