Na entrevista à CNN, Jair Bolsonaro queixou-se abertamente de Rodrigo
Maia por impulsionar o socorro da União a estados e municípios que,
segundo o presidente, pode ultrapassar os R$ 100 bilhões com a
recomposição com as perdas do ICMS e do ISS, o chamado Plano Mãesueto.
“O sentimento que eu tenho, ele não quer amenizar os problemas,
combater o vírus, não deixar que a economia vá para o espaço. Ele quer
atacar o governo federal, enfiando a faca no governo federal, no sentido
figurativo, para resolver os problemas de outro lado”, disse o
presidente.
“Agora, se isso tudo for aprovado e outras coisa virão pela forma
como eles estão se comportando, vão matar a galinha dos ovos de ouro,
que é o Brasil. Parece que a intenção é me tirar do governo… Parece que é
isso daí, quero crer que esteja equivocado”, completou em seguida.
Bolsonaro disse que Paulo Guedes não tem mais contato com Rodrigo
Maia e acusou o presidente da Câmara de querer assumir o papel de chefe
do Executivo.
“O senhor Rodrigo Maia é uma pessoa que resolveu não conversar mais
com ninguém. Apesar de não ser economista, ele tem um bom entendimento,
até pela educação que o pai dele, que foi economista tem. Não pode agir
dessa maneira, pegar e jogar todos os governadores contra mim, fazendo
pressão agora para que o Senado aprove essa proposta sem contrapartida”,
reclamou.
Depois, classificou como escandalosas medidas que a Câmara vem
aprovando. Observou que a votação pela internet tem apressado as
discussões, com aprovação açodada das propostas que prejudicam o
governo.
“Não temos como pagar essa dívida que está aí, não temos recursos.
Qual a intenção? É esculhambar a economia, para enfraquecer o governo
para que eles possam voltar em 2022. Eu não estou pensando em política, o
Brasil indo bem, todo mundo vai bem. Ele vai ser reeleito, vai com toda
certeza, quem sabe, voltar a ser presidente da Câmara”, contemporizou.
Recado dado.
Antagonista
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