Pela primeira vez em cinco anos, o governo vai aportar recursos para
bancar a conta de luz da população mais pobre. Após semanas de debates
intensos entre técnicos, o Ministério da Economia aceitou destinar R$
900 milhões ao programa Tarifa Social, que atende 9,4 milhões de
famílias, segundo apurou reportagem do Estadão/Broadcast. A proposta faz
parte das ações de enfrentamento ao avanço do novo coronavírus no país.
Uma Medida Provisória (MP) sobre o tema está em fase final de
elaboração e prevê que o Tesouro ajude a pagar a conta de luz das
pessoas de baixa renda, por até três meses, desde que o consumo seja de,
no máximo, até 220 kWh. A MP passa a vigorar assim que é edita, mas
precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias.
A isenção dos pagamentos para a população de baixa renda deve custar
entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão, mais do que o aporte da União. Por
isso, o restante dos recursos deve vir de sobras de recursos de um fundo
setorial – a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Portanto, não
haverá impacto para os demais consumidores.
Entre as sobras estão cerca de R$ 200 milhões em recursos do Luz Para
Todos não utilizados no ano passado, além de obras do programa
previstas para 2020 que vão atrasar. A queda no preço dos combustíveis
utilizados para abastecer termelétricas da Região Norte – e que também
são bancadas pelo fundo setorial – também vai contribuir.
Recado dado.
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