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* Aberta a temporada de troca de cargos por votos no Congresso.

“Não vou negociar”, berrou o presidente Jair Bolsonaro, entre uma tosse e outra, para a malta vestida de verde e amarelo que, no último domingo, pediu a volta da ditadura em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano de Brasília.

A frase não foi explicada por Bolsonaro. Mas foi uma resposta a notícias publicadas naquele dia a respeito de cargos do governo prometidos pelo presidente da República a partidos que o apoiassem no Congresso. O toma-lá-dá-cá do passado.
 
Por mais que negue, convencido por ministros militares de que não existe outra forma de se safar de encrencas a não ser essa, Bolsonaro está disposto a substituir o que chama de Nova Política pela Velha Política de resultados tão perversos e duvidosos.

A temporada de troca de cargos por votos foi aberta. Cargos que comandam orçamentos generosos. Cargos com grande capilaridade que garantirão empregos, lá na ponta, a quem arrecada dinheiro para financiar campanhas eleitorais.

Se a temporada não render muita coisa é porque os partidos continuam sem confiar em Bolsonaro. E com razão. Ele promete e muitas vezes não entrega. E insiste em demonizar a política como se o único santo de bordel fosse ele.
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Congresso.
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