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* Planalto aposta em vitória no Senado, mas teme retaliação na Câmara na briga por verbas.

O Palácio do Planalto aposta em uma vitória no Senado na briga pelo chamado Orçamento impositivo no Congresso. Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, porém, temem retaliações da Câmara.

Esse cenário, que envolve a disputa pelo controle de verbas entre Executivo e Legislativo, pode ter um capítulo decisivo em votação prevista para esta terça-feira (3).

O resultado tem potencial para afetar a tensa relação entre os Poderes e as manifestações pró-Jair Bolsonaro e anti-Congresso marcadas para 15 de março.

O Orçamento impositivo é um instrumento criado em 2015 que obriga o Executivo a pagar emendas de parlamentares.

O veto de Bolsonaro a um trecho da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2020 que ampliava esse poder dos congressistas deteriorou ainda mais a já tensa relação com o Legislativo, onde o presidente não tem base consolidada.

Na queda de braço com o governo, deputados e senadores tentam ampliar o controle sobre os gastos públicos. Estão em jogo R$ 30,1 bilhões.

A preocupação de senadores é deixar o dinheiro nas mãos de um único deputado —no caso, o relator do Orçamento de 2020, Domingos Neto (PSD-CE)— e entregar simbolicamente à Câmara a palavra final sobre os recursos.

O destino do montante bilionário a ser gasto neste ano —quando haverá eleição municipal e congressistas buscam irrigar as bases— seria definido pelo relator. É justamente isso o que Bolsonaro e senadores tentam barrar.


Em diálogo captado com Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Paulo Guedes (Economia), ele chamou o Congresso de chantagista. “Foda-se”, disse, enquanto os colegas tentavam costurar um acordo.
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FOLHAPRESS
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