A juíza Clara Ruiz Díaz determinou neste sábado a manutenção da
prisão preventiva de Ronaldinho Gaúcho e de Assis, seu irmão e
empresário, pelo envolvimento em um caso de falsificação de passaportes.
Eles permanecerão detidos no complexo da Agrupação Especializada da
Polícia Nacional do Paraguai, onde passaram a última noite em uma cela
após pedido de detenção pela Procuradoria Geral.
A decisão foi tomada após a realização de uma audiência de custódia,
para a qual os ex-jogadores chegaram algemados, sendo que o pentacampeão
utilizava uma camiseta para cobrir as mãos. E atende ao pedido do
Ministério Público, através do promotor da unidade especializada de
delitos econômicos Osmar Legal, temeroso do risco de fuga de Ronaldinho e
Assis – a defesa dos ex-jogadores haviam sugerido a adoção do regime de
prisão domiciliar.
O promotor também solicitou a prisão da Dalia López, empresária
paraguaia responsável pelo convite para Ronaldinho viajar ao Paraguai
para a participação de eventos nesta semana. Antes, Wilmondes Sousa
Lira, brasileiro de 45 anos, foi preso pela polícia pela acusação de ter
fornecido os passaportes falsos aos ex-jogadores.
O caso se desdobra desde a noite de quarta-feira, quando o ex-jogador
e seu irmão e empresário foram alvos de busca da polícia do Paraguai no
quarto de hotel em que estavam pelo uso de uma identidade e um
passaporte paraguaios, ambos falsos.
Na quinta-feira, o Ministério Público do país havia decidido não
abrir processo formal contra Ronaldinho e Assis. Na sexta, porém, o juiz
Mirko Valinotti, do Juizado Penal de Garantias de Assunção, não aceitou
a recomendação e deu 10 dias para a promotoria investigar o caso e dar o
parecer definitivo.
Com isso, o caso foi para a Procuradoria Geral, que pediu a prisão
preventiva do pentacampeão com a seleção brasileira na Copa do Mundo de
2002, e de Assis, que atua como seu empresário. A prisão aconteceu
quando os dois haviam trocado de hotel em Assunção.
Na sexta, antes da prisão, o promotor Federico Delfino chegou a
declarar que os investigadores detectaram que o pedido de naturalização
paraguaia de Ronaldinho e o irmão foi registrado no Departamento de
Migração do Paraguai. O ex-jogador e seu irmão declararam que não
solicitaram esse procedimento e o Ministério Público, então, investigará
um possível esquema de falsificação de documentos que envolve
funcionários públicos e pessoas do setor privado.
Que situação seu moço...
Portal Terra
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