O Senado aprovou na segunda-feira o Projeto de Lei que estabelece a concessão de benefício de R$ 600 por três meses para trabalhadores autônomos e informais. O texto aguarda sanção presidencial.
O projeto inicial do governo previa benefício de R$ 200, mas foi
ampliado por pressão de deputados, que insistiram para o Planalto bancar
uma fatura maior, que agora deverá custar R$ 45 bilhões aos cofres
públicos. O texto tinha sido aprovado na Câmara na semana passada.
O objetivo é oferecer alguma proteção social às camadas mais
populares da população, aqueles que não têm emprego formal, que tiveram
renda afetada pela crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. E,
de quebra, ajudar a manter economia girando.
Pela proposta, o auxílio poderá ser pago a até duas pessoas de uma
mesma família, com renda de até três salários mínimos, por três meses.
Serão beneficiados todos os trabalhadores que não têm carteira assinada e
portanto, não têm direito ao seguro-desemprego, incluindo autônomos, microempreendedores individuais (MEI) e contribuintes individuais para a
Previdência Social.
Quem pode receber o auxílio
- Trabalhadores por conta própria sem vínculo de emprego formal, ou seja, sem carteira assinada
No caso, precisam ter mais de 18 anos e ter o nome no Cadastro Único
(CadÚnico), do Ministério da Cidadania. Precisam ter renda mensal de até
meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda mensal familiar de até três
salários (R$ 3.135). O auxílio será pago a até duas pessoas da mesma
família.
- Trabalhadores intermitentes, ou seja, aqueles que prestam serviço por horas, dias ou meses para mais de um empregador
Também precisam ser maiores de idade e estarem inscritos no Cadastro
Nacional de Informações Sociais (CNIS) da Previdência Social, seguindo
os critérios de renda acima.
- Mulheres chefes de família
Estas vão ganhar duas cotas do benefício, chegando a R$ 1.200. Para
fazer jus ao auxílio financeiro emergencial, ela também terá de seguir
os critérios de renda.
- Trabalhadores Autônomos
Precisam ser maiores de idade e estarem inscritos na Previdência
Social como contribuintes individuais e atenderem os requisitos de
renda.
- Microempreendedores individuais (MEI), que fazem parte de um regime tributário diferenciado com faturamento anual de R$ 81 mil
Para receber o auxílio é preciso atender o critério da renda
estabelecido no projeto, além de estar inscrito na Previdência Social
como contribuinte individual.
- Demais trabalhadores informais que não estão inscritos no cadastros do governo e não contribuem para a Previdência Social
Estão nesse grupo vendedores ambulantes, diaristas, manicures,
cabeleireiros e outras ocupações. Neste caso, sera preciso fazer uma
autodeclaração junto à Caixa Econômica Federal.
- Beneficiários do Bolsa Família
Quem recebe o benefício do Bolsa Família receberá o auxílio
emergencial, se ele for mais vantajoso. Essas pessoas já estão inscritas
no Cadastro Único e não vão precisar pedir a troca temporária do
benefício. Mas não será possível acumular os dois.
- Pessoas com deficiência de baixa renda que estão na fila do INSS para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC)
O projeto permite antecipação do auxílio para zerar a fila do INSS.
Não podem receber o auxílio
- Aposentados e pensionistas do INSS
Não será permitido acumular o auxílio com renda da aposentadoria. Aposentados não se enquadram no grupo mais vulnerável à crise.
- Trabalhadores que estejam recebendo outros de tipos de benefícios previdenciários, como auxílio doença, salário-maternidade, auxílio acidente de trabalho
- Desempregados que estejam recebendo seguro-desemprego
- Idosos e deficientes da baixa renda que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC)
- Beneficiários do Bolsa Família.
Recado dado.
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