A Polícia Federal concluiu na noite desta quarta-feira (19) que a
declaração do ex-presidente Lula sobre o presidente Jair Bolsonaro, ao
dizer que o ex-capitão “governa para milicianos“,
não se enquadra na Lei de Segurança Nacional, criada durante a ditadura
militar. A investigação foi aberta a pedido do ministro da Justiça,
Sergio Moro, sob o argumento de que a fala de Lula foi um crime contra a
honra de Bolsonaro.
“Resta demonstrada a inexistência de qualquer
conduta praticada, por parte do investigado, que configure crime
previsto na Lei de Segurança Nacional”, disse o órgão em nota, de acordo
com o jornal Estado de S. Paulo.
Lula foi interrogado em Brasília, na manhã desta quarta-feira (19),
na sede da Polícia Federal. O ex-presidente precisou se explicar sobre
uma declaração feita um dia após a sua libertação, em novembro do ano
passado, durante seu discurso no Sindicado dos Metalúrgicos de São
Bernardo do Campo. Foi nesta ocasião que Lula falou sobre a proximidade
do governo Bolsonaro com as milícias.
“Tem gente que fala que tem
de derrubar o Bolsonaro. Tem gente que fala em impeachment. Veja, o
cidadão foi eleito. Democraticamente, aceitamos o resultado da eleição.
Esse cara tem um mandato de quatro anos. Mas ele foi eleito para
governar para o povo brasileiro, e não para governar para os milicianos
do Rio de Janeiro”, disse o petista.
O ex-presidente foi
acompanhado pelos deputados federais Gleisi Hoffmann (PT-SC) e Paulo
Pimenta (PT-RS), que evidenciaram a intimidação do ministro para
“blindar” o governo do ex-capitão.
Esse é meio sem rumo seu moço...
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