Os petroleiros da Petrobras decidiram hoje (20)
suspender a greve da categoria. O anúncio foi feito pela Federação
Única dos Petroleiros (FUP), que representa 13 sindicatos da categoria
no país. Está marcada para esta sexta-feira (21), uma audiência entre
representantes da categoria e da Petrobras com o ministro Ives Gandra,
do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Os petroleiros estavam em greve desde 1º de fevereiro,
contra as demissões previstas na Araucária Nitrogenados
(Ansa/Fafen-PR), que pertence à Petrobras. Segundo a Federação Única dos
Petroleiros, mil empregos serão perdidos com o fechamento da fábrica de
fertilizantes, decisão tomada pela Petrobras porque a unidade gera
prejuízos e não despertou interesse de compradores.
A Petrobras informa que planeja 396 demissões e oferece acordos
indenizatórios que incluem manter assistência médica e educacional por
um período. De acordo com o presidente da estatal, Roberto Castello
Branco, outras demissões podem ocorrer, ou não, já que se referem a
empregados de empresas contratadas pela petrolífera. A FUP destaca que o
acordo coletivo de trabalho prevê que demissões coletivas sejam
discutidas previamente com o sindicato.
Em 20 dias de paralisação, a FUP afirma que a greve chegou a ao menos
121 unidades da Petrobras, entre elas 58 plataformas. Apesar disso,
Castello Branco, disse hoje que “nenhuma gota” deixou de ser produzida, já que a empresa contratou equipes de contingência para manter as atividades.
A paralisação foi parar na Justiça, e decisões do Tribunal Superior
do Trabalho e do Supremo Tribunal Federal determinaram que 90% dos
profissionais continuassem em suas funções durante a greve. Nesta
semana, o ministro do TST Ives Gandra Martins Filho declarou a greve
ilegal por não ter cumprido decisões liminares.
Diante da abertura de uma mesa de negociação no TST, que terá início amanhã (21), a FUP indicou ontem (19) a suspensão provisória da greve.
Recado dado.
Agência Brasil
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