Antes de uma pessoa, propriamente dita,
a Presidência da República é uma instituição. Ainda que o seu ocupante
lhe dê um adorno pessoal, o cargo continua sendo maior do que o sujeito
eventual sentado provisoriamente na cadeira.
Jair Messias Bolsonaro, investido no maior posto da hierarquia nacional desde janeiro de 2019, teima em ignorar isso.
Equivocadamente, ele continua sendo o candidato, afeito a bravatas e ofensas contra quem lhe contraria.
A última da vez é o trocadilho baixo,
obsceno e gratuito contra jornalista da Folha de São Paulo, autora de
matéria sobre a compra de disparos de mensagens na campanha
presidencial.
“A jornalista queria dar o furo”,
ironizou o presidente em conversa com repórteres e diante de uma claque
de admiradores, na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília.
Ele referiu-se a insinuação misógina de
Hans River, ativista de marketing digital, durante depoimento à CPI das
Fake News, contra a repórter.
Na boca de River, funcionário de
empresa talhada em destruir reputações, a frase maliciosa até não causa
qualquer espanto, mas quando sai da língua do maior líder da Nação
estamos diante de péssimo duplo sentido e de um duplo mau-caratismo.
O do CPF (homem) e o do CNPJ (presidente). Ambos imperdoáveis.
Já é tempo de Jair aconselhar-se mais do presidente. E ouvir menos Bolsonaro.
Verdade...
BLOG HERON CID
Registe-se aqui com seu e-mail

.gif)


ConversãoConversão EmoticonEmoticon