O governador do Ceará, Camilo Santana (PT-CE), enviou à Assembleia
Legislativa um projeto de emenda à Constituição do estado proibindo
qualquer tipo de anistia a militares que fazem motim.
A principal reivindicação dos PMs cearenses que participam de uma
greve ilegal que já dura dez dias no estado é o perdão por terem aderido
ao movimento.
Santana, no entanto, tem sido irredutível neste ponto. A categoria,
pela lei, não pode fazer greve e todos os que aderiram a ela devem ser
punidos, defende ele.
A iniciativa do governador, segundo interlocutores dele, é evitar
que, mais tarde, deputados ou mesmo um sucessor dele no governo acabe
concedendo a anistia, o que tem sido comum em vários estados.
No ano passado, por exemplo, o Espírito Santo concedeu anistia a
policiais que participaram de um motim em 2017. O motim tem tido
consequências graves no estado: desde que ele começou, 170 pessoas já
foram assassinadas. A média de homicídios, de seis por dia, chegou a 37
em um dos dias de paralisação. Viaturas foram sequestradas e tiveram os
pneus esvaziados.
O presidente Jair Bolsonaro autorizou uma GLO (Garantia da Lei e da
Ordem) e as Forças Armadas e a Força Nacional passaram a atuar no
estado, policiando as ruas. Ele renovou hoje a operação por mais uma
semana.
Nossa.
Folhapress
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon