A ministra Cristina Peduzzi tomou posse como nova presidente do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), em solenidade na tarde desta
quarta-feira (19), em Brasília. O evento contou com a participação do
presidente Jair Bolsonaro; do presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia; do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias
Toffoli; além autoridades de tribunais superiores, do governo federal e
do Ministério Público.
É a primeira vez que o TST será presidido por uma mulher desde que o
tribunal foi criado no país, em 1946. Cristina Peduzzi foi eleita para
assumir a presidência do TST e do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho (CSJT) em dezembro do ano passado. O mandato é de dois anos.
Além dela, também tomaram posse o ministro Vieira de Mello Filho, como
vice-presidente do tribunal; e o ministro Aloysio Corrêa da Veiga, que
passou a ser novo corregedor-geral da Justiça do Trabalho.
Em entrevista a jornalistas, após tomar posse, Cristina Peduzzi disse
que, entre os principais desafios, está o de garantir dignidade às
novas relações de trabalho que têm sido construídas pelas transformações
tecnológicas. Ela defendeu a construção de um conceito de trabalho
digno que leve em conta o ambiente mediado cada vez mais pela
digitalização.
“Vivemos um momento de grandes transformações tecnológicas, na área
da inteligência artificial, robotização, cibernética, que por um lado
promovem, pelo aspecto da agilidade processual, muitas facilidades, e
por outro, apresentam muitos desafios do mundo do trabalho. Este é o
maior dos desafios, construir um conceito de trabalho digno nessa nossa
contemporaneidade”, afirmou.
Cristina Peduzzi também pretende valorizar o papel da Justiça do
Trabalho no país. “Nós temos compromisso que eu assumi hoje,
publicamente, de valorizar mais, sempre dar continuidade ao processo de
valorização da Justiça do Trabalho, sempre mostrando à sociedade da
importância da sua atuação, quer na prevenção, quer na solução dos
conflitos do trabalho. Ressalto que, na prevenção dos conflitos, seja no
plano de direito individual seja no plano de direito coletivo, evitando
greves e compondo interesses, a Justiça do Trabalho desempenha um papel
notoriamente essencial”, acrescentou.
Perfil:
Bacharel em Direito e mestre em Direito Constitucional pela
Universidade de Brasília (UnB), Cristina Peduzzi atuou como advogada nos
tribunais superiores de 1975 até tomar posse no TST. Foi procuradora da
República (1984), procuradora do Trabalho (1992) e professora
universitária de graduação e de pós-graduação na UnB e em outras
instituições de ensino superior.
Foi vice-presidente do TST e do CSJT no biênio 2011/2013 e
conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2013 a 2015. Entre
2016 e 2018, foi diretora da Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat).
Parabéns...
Agência Brasil
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