A Associação dos Oficiais Militares do Rio Grande do Norte publica
hoje uma nota oficial criticando a postura dos coronéis que tentam se
manter no posto, mesmo com a previsão pelo estatuto da Policia Militar
de que após 30 anos de serviço e cinco anos no cargo o profissional é
transferido para reserva.
A Associação alerta que a Justiça está, a revelia da lei, concedendo
liminares favorecendo os coronéis. “Fato que traz importante
contribuição para alternância de poder e oxigenação dos quadros”, diz um
dos trechos da nota.
Leia a nota na íntegra:
JUSTIÇA AJUDA CORONÉIS A SE PERPETUAREM NO PODER
A Associação dos Oficiais Militares do Rio Grande do Norte repudia a
postura de alguns integrantes do Judiciário potiguar que estão
interferindo na administração da Polícia Militar do Rio Grande do Norte,
com decisão que favorece a perpetuação de coronéis no poder.
Esses militares, que já chegaram ao mais alto posto da carreira,
estranhamente tentam permanecer no cargo e recorrem ao Judiciário.
Aliás, coronéis que, contrariando a lógica, querem ficar no poder e
encontram guarida em liminares, acobertando a prática desleal e
antidemocrática.
O estatuto dos Policiais Militares do Rio Grande do Norte assegura que o
coronel da Polícia Militar após cinco anos no cargo e mais de 30 anos
de serviço é transferido compulsoriamente para reserva; fato que traz
importante contribuição para alternância de poder e oxigenação dos
quadros. Ao profissional que vai para reserva não há qualquer prejuízo
financeiro.
De forma estapafúrdia, nos últimos dias, mais uma liminar, destinada a
um coronel que está há 11 anos cargo, foi concedida com essa prática que
fere frontalmente a legislação vigente.
Natal, 27 de fevereiro de 2020
Associação dos Oficiais Militares do RN
Recado dado.
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